![]() 16/05/2025 10h14
"Quando o Amor na Infância Liberta o Adulto"
"A Liberdade que Vem do Afeto: entre raízes e escolhas"
“É a velha história: nós, seres humanos, consciente ou inconscientemente, só queremos agradar pai e mãe, como uma forma de: agora você gosta de mim?”revela um aspecto profundo da psique humana, enraizado na infância e que ecoa ao longo da vida adulta.
Desde os primeiros anos de vida, nossa sobrevivência emocional e física depende dos pais ou figuras cuidadoras. O afeto, o olhar, o sorriso, o acolhimento / tudo isso são sinais de amor que a criança percebe como fundamentais. Quando esses sinais são dados de forma instável, condicional ou ausente, a criança aprende que precisa fazer algo para merecê-los. Assim nasce o padrão inconsciente de buscar aprovação: "Se eu for bom, se eu fizer certo, se eu agradar... então você vai me amar?"
Com o tempo, isso se desloca para outras figuras de autoridade, relacionamentos, trabalho / e a pergunta muda de forma, mas permanece: "Agora você gosta de mim?"
Do ponto de vista da Psicanálise (como em Freud e Lacan), esse desejo de agradar os pais está ligado à formação do superego (a instância psíquica que representa as exigências internas do ideal de comportamento) e à busca do desejo do Outro / ou seja, queremos ser desejados, reconhecidos, amados. E muitas vezes, isso toma a forma de agradar, obedecer, se moldar.
No fundo, o desejo de agradar pai e mãe é a busca por um amor incondicional que talvez não tenha sido plenamente sentido. E enquanto isso não é olhado de forma consciente, a pessoa repete o padrão / tentando agradar o mundo todo / sempre na esperança de um dia ouvir: "Agora sim, eu gosto de você."
o conhecimento pode transformar
mas nem sempre basta para mudar imediatamente......
Quando um adulto se dá conta / por meio da psicanálise, da psicologia, da filosofia / de que passou a vida tentando agradar pai e mãe (ou figuras substitutas), esse insight é poderoso. Ele é como acender a luz em um quarto onde se tropeçava no escuro.
Mas aqui entra um ponto importante: Saber não é o mesmo que sentir. A mente consciente pode entender o padrão, mas o corpo e as emoções ainda o repetem. Por isso, a mudança exige processo, não apenas informação.
O que pode acontecer com esse conhecimento:
-> Conscientização: o adulto percebe que certos comportamentos (como se anular, tentar ser perfeito, buscar aprovação) não são escolhas livres, mas condicionamentos antigos.
-> Autocompaixão: ao entender de onde vem esse padrão, pode surgir menos culpa e mais compreensão de si.
-> Libertação progressiva: com o tempo, o adulto pode começar a agir de maneira mais autêntica, escolhendo caminhos que não estejam baseados no medo de rejeição.
-> Dor e luto: há uma dor nesse processo / o luto por perceber que talvez nunca tenha recebido o amor incondicional que tanto buscou. Mas há também um renascimento.
Conclusão:
O conhecimento não é a mudança, mas é o início da verdadeira transformação. Quando o adulto entende, ele ganha a chance de deixar de ser apenas um reflexo do passado para se tornar autor da própria vida.... ________________________________________
Afeto Absoluto
Quando a pessoa recebeu afeto, segurança e validação emocional genuína na infância, ela tem muito mais chance de se tornar um adulto livre emocionalmente, ou seja:
Não vive para agradar o outro;
Confia em si mesma;
Não teme tanto a rejeição;
Faz escolhas com mais autenticidade.
Isso acontece porque o amor recebido na infância se transforma em base interna de segurança. A criança amada por quem é (e não pelo que faz) cresce sentindo que merece existir e ser amada / logo, não precisa provar isso o tempo todo.
Mas nem sempre isso garante liberdade emocional absoluta. Por quê?
.... Outros traumas da vida (escola, amizades, perdas, abusos) também podem marcar profundamente;
.... Sociedade, cultura e expectativas externas ainda influenciam a formação da identidade;
.... Mesmo com afeto, os pais podem transmitir valores rígidos ou expectativas sutis que afetam a liberdade do ser.
Resumo:
Quem foi bem amado na infância tem mais facilidade de ser um adulto livre, inteiro, espontâneo. Mas a liberdade verdadeira depende também da forma como a pessoa lida com o mundo, com suas dores e com o autoconhecimento. A infância é a raiz / mas o florescer depende de como a vida é cuidada depois..... ________________________________________ A verdadeira liberdade não está apenas em ter recebido amor na infância, mas em reconhecer quem somos para além do que esperavam de nós. Mesmo os que foram amados precisam se reencontrar. A jornada de ser livre passa por estudar a si mesmo, enfrentar as próprias sombras e deixar de viver para agradar / para, enfim, viver com verdade....
Estudos em andamento..
Elixandra Cardoso...........🥰🥰🥰🥰🥰🥰
É isso....
Publicado por Elixandra ( costura pensamento) em 16/05/2025 às 10h14
Copyright © 2025. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |