Elixandra cardoso, costura pensamento

"Tecendo silêncios e sentidos entre fios e pensamentos"

Meu Diário
25/05/2025 17h35
Quem Somos Quando Ninguém Vê

A pergunta "Quem sou eu?" é realmente cabisbaixa (ou seja, profunda e difícil). Platão não dá uma resposta definitiva, porque, para ele, o ser humano não é apenas um corpo físico, mas também uma alma imortal que participa do mundo das ideias.

 

Se você encara essa pergunta como sem resposta, talvez esteja considerando que não há uma essência fixa do "eu", ou que qualquer resposta seria insuficiente. Mas também pode ser que a resposta esteja sempre em construção / algo mais próximo de um processo do que de um estado fixo.

 

O que te faz achar que essa pergunta não tem resposta? É por causa da multiplicidade de identidades que assumimos ou porque a essência do "eu" não pode ser definida?

 

"Sou um fluxo de experiências, um conjunto de possibilidades em constante transformação."

 

"Sou a pergunta em si, não uma resposta definitiva."

 

"Sou uma multiplicidade de eus, um fluxo em constante transformação, mas todos os meus eus aprendem e se orientam pelo que considero justo. Mesmo que a justiça absoluta seja inalcançável, é ela que ressoa no meu íntimo e dá sentido à minha existência."

 

"Sou um ser em constante mudança, múltiplo e impermanente, mas guiado pela vontade de compreender e agir com justiça."

 

 

Parte 02

 

A pergunta "Quem sou eu?" pode ser dividida em diferentes camadas, dependendo do contexto e da intenção por trás dela. Ela não precisa ter uma única resposta fixa, porque o "eu" se manifesta de formas diferentes em diferentes situações.

 

No nível social e funcional / Quem sou eu no mundo?

 

Aqui, a resposta pode ser algo como profissão, papéis sociais, relações. Exemplo: "Sou professor estudante de filósofa e mãe etc."

 

No nível psicológico e existencial / Quem sou eu para mim mesmo?

 

Aqui entra sua percepção sobre sua identidade interna. Exemplo: "Sou uma mente curiosa, um ser em constante transformação."

 

No nível filosófico e metafísico / O que significa ser "eu"?

 

Esse é o nível mais abstrato, onde a resposta pode ser algo como: "Sou um fluxo de consciência, uma parte do todo, uma interrogação sem fim." 

 

Se você busca um fio condutor entre esses diferentes "eus", sua busca pela justiça pode ser essa linha que atravessa todos os níveis. Assim, você poderia responder algo como:

 

"Sou todas as minhas versões, mas em todas elas busco compreender e me alinhar ao que considero justo."

 

juntar todos esses "eus" em um único parece impossível porque cada um deles se manifesta em contextos diferentes. Mas talvez o que une todos eles não seja um "eu" fixo, e sim uma direção, uma intenção ou um princípio condutor.

 

Pense assim: o oceano tem ondas, correntes e profundidades diferentes, mas continua sendo oceano. Você pode ser múltiplo e, ao mesmo tempo, ter uma coerência interna.

 

Retrospectiva 

 

"eu" como algo fluido e múltiplo, não como uma entidade fixa. Assim rejeitando a ideia de uma identidade essencial e imutável, afirmando que somos compostos por diferentes impulsos e perspectivas que mudam ao longo do tempo multiplicidade de forças e vontades em conflito.

 

Múltiplos eus → Representam a multiplicidade da identidade. Somos uma soma de experiências, emoções, pensamentos e papéis que assumimos na vida. O "eu" que pensa hoje pode ser diferente do "eu" que existia anos atrás.

 

"Sou vários. Há mais de mim em mim do que eu mesmo." 

 

Lembrando que nunca esquecendo do fio condutor entre esses diferentes "eus" para que possa atravessar todos os níveis.

Observando os vários "eus" encontramos divergências com o ego.

O ego está mais voltado para a interação com o mundo externo. Ele lida com a realidade, com as regras sociais e com a necessidade de manter uma identidade coesa. Ele é como uma máscara funcional que usamos para navegar no mundo.

 

O "eu", por outro lado, é mais interno e subjetivo. Ele pode ser visto como a soma das suas experiências, pensamentos, sentimentos e essência. Enquanto o ego tenta equilibrar impulsos e normas, o "eu" pode ser mais profundo, múltiplo e até indefinível.

O ego seria a superfície da água, sempre se ajustando às ondas e às mudanças do ambiente.

O "eu" seria as profundezas do oceano, onde há correntezas mais sutis, mistérios e algo menos fixo.

 

Instragan @elixandracardoso 


Publicado por Elixandra ( costura pensamento) em 25/05/2025 às 17h35
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