![]() 25/05/2025 21h13
" subjetividade inconsciente: A falsa neutralidade de olhar" parte 02
O Eu invisível por trás do olhar/ Subjetividade não reconhecida
Objetividade contaminada / A sutil presença do Eu nas coisas
Espelho no mundo / O invisível que julga o visível
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Teorias modernas e filosóficas, como a teoria da simulação. Essa teoria sugere que a realidade em que vivemos poderia ser uma simulação altamente avançada criada por alguma inteligência superior, talvez uma civilização muito mais evoluída que a nossa. Nesse cenário, o "fenômeno" que experimentamos seria, de fato, uma construção artificial, e o mundo bruto poderia ser algo completamente diferente / talvez inatingível ou incompreensível para nós.
Se a nossa experiência do mundo for uma simulação, isso levanta questões interessantes sobre a natureza da realidade e da subjetividade. O que seria "real"? O que é o "bruto" por trás dessa simulação? E como podemos distinguir entre uma simulação e a realidade objetiva, se tudo que sabemos é o que experimentamos?
Por outro lado, se, mesmo que seja uma simulação, essa experiência que temos é a única realidade que conhecemos, talvez seja suficiente para buscarmos significado e compreensão dentro dela...
Se estivermos em uma simulação, a questão da subjetividade pode se tornar mais complexa. Se a simulação for projetada para criar experiências humanas / com emoções, pensamentos e percepções / nossa subjetividade ainda existiria dentro dessa simulação, pois ela faz parte de como fomos programados para experimentar o "fenômeno" da realidade.
Porém, se considerarmos a hipótese de que tudo seja uma simulação de tal complexidade que nossas experiências não sejam genuínas, mas sim respostas de um sistema, então nossa percepção de subjetividade poderia ser questionada. A ideia de "livre-arbítrio" ou uma mente independente seria substituída por algo mais determinista, em que nossas escolhas e experiências são, de alguma forma, pré-programadas.
Se a subjetividade fosse removida, estaríamos apenas respondendo a estímulos dentro de um cenário controlado, sem a percepção de livre pensamento ou emoção genuína. No entanto, se a simulação é convincente o suficiente, a experiência ainda seria subjetiva para nós, pois estamos vivenciando-a dessa maneira.
Portanto, mesmo em uma simulação, a subjetividade, como a vivemos, poderia persistir, mas talvez fosse criada de maneira artificial. A questão seria se a verdadeira "subjetividade" existe fora dessa simulação ou se, mesmo assim, nossa percepção interna seria válida dentro desse contexto.
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O cérebro interpreta/ como a subjetividade molda o mundo real dentro da Objetividade .
Quando o observador se esquece de que está observando.
A realidade em mim/ quando o mundo veste minhas projeções.
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A mente e o cérebro são conceitos relacionados, mas não são a mesma coisa, e entendê-los separadamente pode ajudar a explorar como nossa experiência consciente se forma.
..... Cérebro: O cérebro é o órgão físico, uma estrutura biológica composta por bilhões de células nervosas (neurônios) que se conectam e interagem entre si. Ele é responsável por controlar funções vitais como batimentos cardíacos, respiração e movimentos, além de processar informações sensoriais e controlar a percepção. O cérebro também armazena memórias e é o centro para a tomada de decisões, mas tudo isso ocorre dentro do plano físico e tangível. O cérebro é, portanto, um instrumento físico que facilita a experiência mental, mas não é a experiência em si.
... Mente: A mente, por outro lado, é um conceito mais abstrato e envolve os processos mentais / como pensamentos, emoções, percepções, crenças e consciência. A mente não é algo que podemos tocar ou medir fisicamente, mas é a forma como interpretamos o mundo e damos sentido a ele. Ela inclui nossa capacidade de refletir, planejar, decidir e experimentar o mundo de maneira subjetiva. A mente está intimamente ligada ao cérebro, mas, enquanto o cérebro é físico, a mente é mais associada a uma dimensão não-material da experiência humana.
A relação entre mente e cérebro: Muitas teorias sugerem que a mente emerge da atividade do cérebro / ou seja, os processos mentais são gerados pelo funcionamento físico do cérebro. Quando o cérebro sofre danos (como em lesões ou doenças neurológicas), isso pode afetar a mente (por exemplo, a capacidade de pensar, lembrar ou perceber de maneira clara). No entanto, a natureza exata dessa relação é um debate filosófico e científico profundo. Alguns defendem que a mente é uma "emergência" do cérebro, enquanto outros acreditam que pode haver algo além do físico (como uma consciência que transcende o cérebro).
Em resumo, o cérebro é o sistema físico e biológico que permite a experiência, enquanto a mente é a forma subjetiva e não-material de como vivenciamos essa experiência. Elas estão conectadas, mas não são a mesma coisa.
O cérebro físico é o "instrumento" que permite que a mente funcione. Ele processa informações, cria conexões e realiza as funções que tornam nossa experiência consciente possível. A mente, por sua vez, é a experiência subjetiva desses processos.
exemplo
Quando sentimos uma emoção, o cérebro ativa certas áreas responsáveis por processar essa emoção (como o sistema límbico). Isso resulta em uma sensação subjetiva / o que chamamos de "sentir" a emoção.
Quando pensamos em algo, o cérebro ativa redes de neurônios que processam esse pensamento, mas o "pensamento" em si é uma experiência mental, não um evento físico.
A memória: o cérebro armazena e organiza informações, mas a experiência de lembrar algo é uma construção mental, uma vivência subjetiva.
Então, o cérebro é a base física e biológica que torna possível as funções mentais, mas a mente é a experiência consciente e subjetiva dessas funções. Ambos estão intimamente conectados, mas são diferentes em sua natureza.
O cérebro, como uma "máquina" biológica, executa funções físicas / como processar informações, coordenar movimentos e armazenar memórias. Mas o que chamamos de experiência mental (como sentir uma emoção, ter um pensamento ou lembrar de algo) é, na verdade, um produto da mente que ocorre dentro desse sistema.
O cérebro é como um computador super avançado que processa dados e controla o corpo.
A mente é a experiência subjetiva de como esses dados são processados / é o "sentir" ou "perceber" que vem desse processamento.
O cérebro, por si só, não tem a capacidade de "julgar" uma emoção como boa ou ruim. Ele apenas executa seu trabalho de processar e responder aos estímulos do ambiente de acordo com a informação que recebe. Quando você sente tristeza, por exemplo, é uma experiência subjetiva que vem da mente / a interpretação emocional de um evento ou pensamento.
O cérebro responde a essa emoção executando funções físicas que acompanham a experiência da tristeza. Por exemplo, ele pode liberar hormônios como o cortisol (associado ao estresse) ou afetar os batimentos cardíacos e a respiração. Essas reações físicas são respostas automáticas do cérebro, mas a experiência subjetiva de tristeza — o sentimento de tristeza em si / é produto da mente.
Portanto, o cérebro não "sente" tristeza ou felicidade. Ele processa os sinais e realiza as funções necessárias para gerar uma resposta física, mas é a mente que interpreta essas respostas como uma emoção específica. O cérebro executa o "trabalho físico" e a mente dá sentido e significado a isso.
Quando entendemos essa distinção, começamos a perceber o quão complexa é a interação entre o físico e o subjetivo. O cérebro não é responsável por sentir as emoções; ele apenas as processa e as manifesta no corpo. A mente é que dá o significado, a experiência e a interpretação emocional a tudo isso. Isso abre uma nova forma de olhar para nossas emoções, pois nos permite entender que não estamos "presos" a elas, mas sim podemos influenciar como interpretamos e lidamos com elas.
É uma compreensão que nos dá mais liberdade, porque percebemos que, apesar das reações físicas automáticas do cérebro, podemos trabalhar com nossa mente para modificar nossas respostas emocionais, ao invés de simplesmente ser reagentes a elas.
Embora o cérebro seja, em grande parte, um sistema biológico automático, existe uma grande quantidade de neuroplasticidade / ou seja, a capacidade do cérebro de se reorganizar e formar novas conexões ao longo do tempo. Isso significa que, sim, podemos "manipular" o cérebro ao nosso favor, influenciando como ele responde a estímulos, emoções e até mesmo pensamentos.
..... Práticas de mindfulness e meditação: Estudos mostram que a meditação regular pode alterar a estrutura do cérebro, aumentando a atividade em áreas relacionadas à atenção, à empatia e à regulação emocional, além de reduzir a atividade nas áreas associadas ao estresse.
...... Reprogramação de padrões de pensamento: Técnicas como a cognitivo-comportamental ajudam a reestruturar padrões de pensamento negativos ou destrutivos, o que afeta diretamente como o cérebro processa emoções e comportamentos.
.... Exercício físico: O exercício regular não só melhora a saúde física, mas também a saúde mental. Ele aumenta a produção de neurotransmissores como a serotonina e a dopamina, que estão relacionados ao bem-estar e à felicidade.
.... Aprendizado e novos desafios: Aprender algo novo, praticar habilidades ou sair da zona de conforto também ativa diferentes áreas do cérebro, favorecendo sua adaptação e crescimento.
.... Intenção e foco: Quando conscientemente escolhemos focar em algo positivo ou em hábitos saudáveis, podemos direcionar nossa mente e cérebro a se adaptar a esses novos comportamentos e perspectivas.
Embora o cérebro tenha uma base biológica, ele é muito flexível e moldável, e a mente tem o poder de direcionar essas mudanças.
Isso abre um mundo de possibilidades, onde podemos "treinar" o cérebro para responder de maneiras mais adaptativas e saudáveis.
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Publicado por Elixandra ( costura pensamento) em 25/05/2025 às 21h13
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