![]() 09/06/2025 13h37
“Crê para compreender, compreender para crer.” ( paganismo/ neopaganismo e outrs filosofias) é uma introdução pessoal
“Compreender para crer” (intellectus fidei) Esse caminho parte da razão:
Investiga, questiona, compreende os fundamentos, e só então crê.
Supõe que a fé pode ser sustentada pela razão e pelo entendimento racional do mundo e de Deus.
É o oposto do caminho de Agostinho (“crê para compreender”), mas não o contradiz / são dois caminhos válidos e complementares.
✝️ São Tomás de Aquino dizia:
> “A razão é dom de Deus e deve ser usada para compreender as verdades da fé.”
Para ele, a fé e a razão não são inimigas, mas aliadas. Esse seu perfil mostra que você:
Gosta de entender o porquê das coisas;
Não aceita explicações prontas sem reflexão;
Vê valor na investigação filosófica e racional, mesmo ao falar de espiritualidade.
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Origem da palavra "pagão":
Vem do latim “paganus”, que originalmente significava "do campo", "aldeão".
Quando o Cristianismo começou a se espalhar nas cidades do Império Romano, muitas pessoas do campo ainda seguiam as religiões tradicionais greco-romanas (politeísmo).
Com o tempo, “paganus” passou a significar alguém que não era cristão.
✝️ Para os cristãos:
“Pagão” passou a designar:
Quem não cria no Deus único e verdadeiro.
Quem adorava vários deuses ou a natureza.
Quem não seguia a revelação cristã.
💬 Então por que a cultura greco-romana era considerada "pagã"?
Porque ela:
Não reconhecia o Deus único, eterno, criador.
Cultuava muitos deuses com características humanas.
Não tinha uma doutrina de salvação, pecado, ou redenção como no Cristianismo.
Misturava religião com mitos, rituais, política e festividades.
📌 Resumo:
Termo Significado no Cristianismo antigo
Pagão Pessoa que não crê no Deus único (Cristão/Judeu) Politeísta Crê em muitos deuses Monoteísta Crê em um único Deus
Ou seja, pagão não significa sem crença, mas sim com crenças diferentes do Cristianismo. ________________________________________
O que é ser "pagã" hoje?
Hoje, o termo "pagão" não tem mais o mesmo tom pejorativo que teve na Idade Média. Ele pode se referir a várias posturas, como:
. Espiritualidade ligada à natureza
Culto à Terra, às estações, aos elementos da natureza.
Respeito por tudo o que vive como sagrado.
Visto em caminhos como: Wicca, neopaganismo, druidismo, etc.
. Religiosidade politeísta
Crença em vários deuses (não apenas um único criador).
Pode vir da revalorização de mitologias antigas (grega, nórdica, celta, egípcia).
. Filosofia espiritual sem dogmas
Pessoas que não seguem uma religião tradicional (como cristianismo, islamismo, judaísmo), mas acreditam em uma força espiritual.
Veem o sagrado em tudo, mas não por meio de uma igreja ou escritura única.
🔍 Agora pense:
pensamento como considerar-se pagã nos dias atuais
> Você não acredita em um Deus único e pessoal, mas vê o divino em múltiplas forças, seres ou aspectos da natureza. >Você não segue nenhuma religião monoteísta tradicional, mas tem espiritualidade própria. > Você sente que tudo é sagrado / a vida, os ciclos, os fenômenos naturais / e que o sagrado está em tudo, não fora de tudo.
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🌿 Exemplo: panteísmo e paganismo O panteísmo/ tudo é parte de um Todo divino), pode ser vista como panteísta, e dependendo de como expressa essa visão (com ligação à natureza, à Terra, aos ciclos), pode também ser chamada de pagã moderna / mas num sentido positivo, como alguém com uma visão espiritual ampla e conectada com o mundo.... O divino está em tudo, respeita todas as formas, a natureza como sagrada / então sim, poderia se considerar pagã moderna, ou panteísta com espiritualidade natural. Mas isso não é uma obrigação nem uma identidade fechada. Você pode apenas dizer:
> “Eu sou alguém que busca o divino em tudo, sem rótulos...
Expandindo o pensamento filosófico e espiritual ao mesmo tempo / e com muita clareza. Vamos nomear e entender melhor essa visão: O sagrado em tudo Isso é panteísmo ou panenteísmo:
Panteísmo Tudo é Deus. O universo e Deus são a mesma realidade. Panenteísmo Deus está em tudo, mas também transcende tudo.
E isso é ir além do panteísmo possa ser que existe algo que transcende até mesmo o sagrado, pode-se perceber nas coisas. Isso se aproxima do panenteísmo filosófico, como o de Espinosa (panteísta) ou Teilhard de Chardin (panenteísta), ou até mesmo da ideia de Causa Primeira de Aristóteles e Tomás de Aquino, sem religião, mas com uma busca racional e espiritual.
A minha visão pode ser descrita assim:
> “Tudo é sagrado, tudo ensina, tudo está conectado. Não sigo nenhuma religião, mas sinto que existe uma realidade maior, uma causa primária, algo que transcende até mesmo o sagrado visível.” Isso é profundamente filosófico, espiritual e coerente...... Isso não quer dizer está sem fé / está com uma fé própria, construída com base na razão, na experiência e na sensibilidade...... também possibilidades de dinâmica e não estatístico ( pensamentos mudam, experiências experiências ensinam)
Referências ( para esse pensamentos)
Filosofia de Espinosa (Deus = natureza, tudo é uma só substância).
Misticismo natural (como no taoismo, budismo zen, ou mesmo na física quântica espiritualizada).
Panenteísmo moderno (como em Teilhard de Chardin).
Teologia Apofática (que diz que Deus é tão transcendente que não pode ser nomeado / está além das palavras e religiões). ________________________________________
Razão lógica Meu pensamento tem base racional para mim. Por quê:
Eu busco compreensão antes de aceitar (como Santo Agostinho).
Reflito sobre conceitos como Causa Primeira, transcendência, sagrado / todos próprios da filosofia.
Não aceito ideias prontas nem dogmas: eu venho construindo minha própria visão com questionamento.....
E isso para mim é uso da razão filosófica, como faziam Sócrates, Espinosa, Aristóteles.
. Fé (mas não religiosa)
Sim, também há fé no meu modo de pensar / mas não no sentido religioso tradicional. Minha fé é:
Uma confiança interior de que existe algo maior.
Tenho Uma abertura à possibilidade do mistério, daquilo que não se vê nem se explica totalmente.
Tenho uma percepção de que há um sentido oculto em tudo, mesmo sem provas ou doutrinas...... Isso é fé existencial, mais próxima de Kierkegaard, Jung ou Lao-Tsé do que de instituições religiosas.
. Sensibilidade espiritual
Meu modo de ver o mundo como sagrado revela:
Uma reverência pela vida, pela natureza, pelos processos.
Uma forma de "espiritualidade natural", onde tudo ensina e tem valor.
Uma intuição profunda de que o universo tem algo a comunicar, mesmo em silêncio.
👉 Isso pra mim é vivência espiritual direta, e não mediada por rituais ou textos sagrados.
Resumindo claramente :
Eu sou um alguém que pensa com a razão, sente com a alma e confia na intuição espiritual. Não dependo de religião. Mas também não nega o mistério.
Gosto de unir razão + fé + sensibilidade, de forma livre, pessoal e profunda.
Então é "Compreender para crer" Bacharel em filosofia Elixandra cardoso
Publicado por Elixandra(costura pensamento filosófico) em 09/06/2025 às 13h37
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