Elixandra cardoso, costura pensamento

"Tecendo silêncios e sentidos entre fios e pensamentos"

Meu Diário
09/06/2025 13h37
“Crê para compreender, compreender para crer.” ( paganismo/ neopaganismo e outrs filosofias) é uma introdução pessoal

“Compreender para crer” (intellectus fidei)

Esse caminho parte da razão:

 

Investiga, questiona, compreende os fundamentos, e só então crê.

 

Supõe que a fé pode ser sustentada pela razão e pelo entendimento racional do mundo e de Deus.

 

É o oposto do caminho de Agostinho (“crê para compreender”), mas não o contradiz / são dois caminhos válidos e complementares.

 

✝️ São Tomás de Aquino dizia:

 

> “A razão é dom de Deus e deve ser usada para compreender as verdades da fé.”

 

Para ele, a fé e a razão não são inimigas, mas aliadas.

Esse seu perfil mostra que você:

 

Gosta de entender o porquê das coisas;

 

Não aceita explicações prontas sem reflexão;

 

Vê valor na investigação filosófica e racional, mesmo ao falar de espiritualidade.

 

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Origem da palavra "pagão":

 

Vem do latim “paganus”, que originalmente significava "do campo", "aldeão".

 

Quando o Cristianismo começou a se espalhar nas cidades do Império Romano, muitas pessoas do campo ainda seguiam as religiões tradicionais greco-romanas (politeísmo).

 

Com o tempo, “paganus” passou a significar alguém que não era cristão.

 

✝️ Para os cristãos:

 

“Pagão” passou a designar:

 

Quem não cria no Deus único e verdadeiro.

 

Quem adorava vários deuses ou a natureza.

 

Quem não seguia a revelação cristã.

 

💬 Então por que a cultura greco-romana era considerada "pagã"?

 

Porque ela:

 

Não reconhecia o Deus único, eterno, criador.

 

Cultuava muitos deuses com características humanas.

 

Não tinha uma doutrina de salvação, pecado, ou redenção como no Cristianismo.

 

Misturava religião com mitos, rituais, política e festividades.

 

📌 Resumo:

 

Termo Significado no Cristianismo antigo

 

Pagão Pessoa que não crê no Deus único (Cristão/Judeu)

Politeísta Crê em muitos deuses

Monoteísta Crê em um único Deus

 

Ou seja, pagão não significa sem crença, mas sim com crenças diferentes do Cristianismo.

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O que é ser "pagã" hoje?

 

Hoje, o termo "pagão" não tem mais o mesmo tom pejorativo que teve na Idade Média. Ele pode se referir a várias posturas, como:

 

. Espiritualidade ligada à natureza

 

Culto à Terra, às estações, aos elementos da natureza.

 

Respeito por tudo o que vive como sagrado.

 

Visto em caminhos como: Wicca, neopaganismo, druidismo, etc.

 

. Religiosidade politeísta

 

Crença em vários deuses (não apenas um único criador).

 

Pode vir da revalorização de mitologias antigas (grega, nórdica, celta, egípcia).

 

 

. Filosofia espiritual sem dogmas

 

Pessoas que não seguem uma religião tradicional (como cristianismo, islamismo, judaísmo), mas acreditam em uma força espiritual.

 

Veem o sagrado em tudo, mas não por meio de uma igreja ou escritura única.

 

🔍 Agora pense:

 

pensamento como considerar-se pagã nos dias atuais  

 

> Você não acredita em um Deus único e pessoal, mas vê o divino em múltiplas forças, seres ou aspectos da natureza.

>Você não segue nenhuma religião monoteísta tradicional, mas tem espiritualidade própria.

> Você sente que tudo é sagrado / a vida, os ciclos, os fenômenos naturais / e que o sagrado está em tudo, não fora de tudo.

 

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🌿 Exemplo: panteísmo e paganismo

 O panteísmo/ tudo é parte de um Todo divino),  pode ser vista como panteísta, e dependendo de como expressa essa visão (com ligação à natureza, à Terra, aos ciclos), pode também ser chamada de pagã moderna / mas num sentido positivo, como alguém com uma visão espiritual ampla e conectada com o mundo....

 O divino está em tudo, respeita todas as formas, a natureza como sagrada / então sim, poderia se considerar pagã moderna, ou panteísta com espiritualidade natural.

Mas isso não é uma obrigação nem uma identidade fechada. Você pode apenas dizer:

 

> “Eu sou alguém que busca o divino em tudo, sem rótulos...

 

Expandindo o pensamento  filosófico e espiritual ao mesmo tempo / e com muita clareza. Vamos nomear e entender melhor essa visão:

 O sagrado em tudo

Isso é panteísmo ou panenteísmo:

 

Panteísmo Tudo é Deus. O universo e Deus são a mesma realidade.

Panenteísmo Deus está em tudo, mas também transcende tudo.

 

E isso é ir além do panteísmo possa ser que existe algo que transcende até mesmo o sagrado, pode-se perceber nas coisas. Isso se aproxima do panenteísmo filosófico, como o de Espinosa (panteísta) ou Teilhard de Chardin (panenteísta), ou até mesmo da ideia de Causa Primeira de Aristóteles e Tomás de Aquino, sem religião, mas com uma busca racional e espiritual.

 

 A minha visão pode ser descrita assim:

 

> “Tudo é sagrado, tudo ensina, tudo está conectado. Não sigo nenhuma religião, mas sinto que existe uma realidade maior, uma causa primária, algo que transcende até mesmo o sagrado visível.”

Isso é profundamente filosófico, espiritual e coerente......

Isso não quer dizer está sem fé / está com uma fé própria, construída com base na razão, na experiência e na sensibilidade...... também possibilidades de dinâmica e não estatístico ( pensamentos mudam, experiências experiências ensinam)

 

Referências ( para esse pensamentos)

 

Filosofia de Espinosa (Deus = natureza, tudo é uma só substância).

 

Misticismo natural (como no taoismo, budismo zen, ou mesmo na física quântica espiritualizada).

 

Panenteísmo moderno (como em Teilhard de Chardin).

 

Teologia Apofática (que diz que Deus é tão transcendente que não pode ser nomeado / está além das palavras e religiões).

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Razão lógica

 Meu pensamento tem base racional para mim. Por quê:

 

Eu busco compreensão antes de aceitar (como Santo Agostinho).

 

Reflito sobre conceitos como Causa Primeira, transcendência, sagrado / todos próprios da filosofia.

 

Não aceito ideias prontas nem dogmas: eu venho construindo minha própria visão com questionamento.....

 

E isso para mim  é uso da razão filosófica, como faziam Sócrates, Espinosa, Aristóteles.

 

. Fé (mas não religiosa)

 

Sim, também há fé no meu modo de pensar / mas não no sentido religioso tradicional. Minha fé é:

 

Uma confiança interior de que existe algo maior.

 

Tenho Uma abertura à possibilidade do mistério, daquilo que não se vê nem se explica totalmente.

 

Tenho uma percepção de que há um sentido oculto em tudo, mesmo sem provas ou doutrinas...... Isso é fé existencial, mais próxima de Kierkegaard, Jung ou Lao-Tsé do que de instituições religiosas.

 

. Sensibilidade espiritual

 

Meu modo de ver o mundo como sagrado revela:

 

Uma reverência pela vida, pela natureza, pelos processos.

 

Uma forma de "espiritualidade natural", onde tudo ensina e tem valor.

 

Uma intuição profunda de que o universo tem algo a comunicar, mesmo em silêncio.

 

 

👉 Isso pra mim é vivência espiritual direta, e não mediada por rituais ou textos sagrados.

 

Resumindo claramente :

 

Eu sou um alguém que pensa com a razão, sente com a alma e confia na intuição espiritual.

Não dependo de religião.

Mas também não nega o mistério.

 

Gosto de unir razão + fé + sensibilidade, de forma livre, pessoal e profunda.

 

Então é

"Compreender para crer"

Bacharel em filosofia

Elixandra cardoso 

 


Publicado por Elixandra(costura pensamento filosófico) em 09/06/2025 às 13h37
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