![]() 07/07/2025 11h23
Quando o Fim Não Faz Barulho
Um dia tudo acaba. E o mais curioso é que talvez você nem perceba.
Não há sirene tocando quando o amor se desfaz. Não há tempestade quando a infância se vai. Às vezes, o último olhar acontece como um piscar qualquer. Às vezes, o adeus não é dito / é vivido em silêncio.
Heráclito dizia que tudo flui, que não se entra duas vezes no mesmo rio. Mas ninguém nos ensina que, às vezes, é só depois de muito tempo que notamos que a água já passou. Que aquele abraço nunca mais veio. Que aquele olhar mudou. Que já não somos os mesmos / nem os outros.
O fim tem muitas formas: ele pode ser suave como poeira que assenta, ou duro como uma porta que se fecha devagar. Mas quase sempre... ele é sutil. Você não percebe o exato momento em que deixou de ser prioridade para alguém. Nem quando parou de acreditar naquilo que antes te movia.
Por isso, se algo ainda pulsa, ainda brilha, ainda te toca _ não adie. Sinta. Olhe. Diga. Faça. Porque um dia tudo acaba. E talvez, só talvez... você nem perceba.
Publicado por Elixandra (costura pensamento filosófico) em 07/07/2025 às 11h23
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