![]() 09/07/2025 22h40
O nada não é ausência é probabilidade de um tudo ( o nada é tudo)
..Palavras de um monge taoista sobre o "nada"
O nada não é ausência. É a plenitude que não deseja forma. É o silêncio que antecede o som, o espaço onde o bambu cresce, a pausa entre a inspiração e a expiração.
O nada não pode ser possuído, mas dele tudo se origina.
Quando deixas de querer, o nada se aproxima.
Quando deixas de nomear, o nada revela seus mil nomes.
A mente que repousa no vazio é como a superfície calma de um lago.
Nele, o Céu se espelha. E o homem deixa de lutar com o destino.
Assim é o Caminho. Quem o caminha, caminha leve. Quem o busca com força, se perde.
Mas quem se senta / e apenas observa / já chegou.
Resumindo o próprio "nada" é tudo
Abraços taoistas >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
É uma travessia da alma / um gesto solitário que, como diria Heidegger, busca abrigo no Ser, no aconchego de um sentido que talvez nunca se revele por completo. Há um desejo de compreensão, mas a linguagem falha, tropeça / como já afirmava Wittgenstein: “os limites da minha linguagem são os limites do meu mundo”.
Ao evocar Picasso e Mozart, o poema nos lembra que nem a arte mais sublime alcança a inteireza do enigma humano. Mesmo o traço mais sensível ou a nota mais inspirada não capturam o mistério da existência / e talvez não devam. Como em Heráclito, somos fluxo e fragmento, jamais totalidade.
Assim, o eu poético tenta decifrar-se com os retalhos que tem / palavras, metáforas, gestos / costurando sentidos onde a alma clama por tradução. Mas o que se alcança é apenas isso: um fragmento. E nesse fragmento, habita uma verdade parcial, mas profunda. Afinal, como na filosofia, a busca é mais reveladora do que a resposta.
Resumindo não vejo como uma prisão....
Publicado por Elixandra (costura pensamento filosófico) em 09/07/2025 às 22h40
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