Elixandra cardoso, costura pensamento

"Tecendo silêncios e sentidos entre fios e pensamentos"

Meu Diário
31/07/2025 12h48
Nas montanhas nevoentas


Hoje estou melancólica, pensantiva

me encontro em estado de

meditação... As perguntas de eras

voltaram / elas me perseguem. Ah, se

pudesse, iria até as montanhas, e lá

ficaria.

Levaria apenas folhas de papel

almaço, e um lápis com borracha e

água.

Escreverá seria meu dom

nos altos das montanhas.

 

talvez encontrasse um riso

no alcance fundo de um olhar, até as nuvens

um vácuo bonito sem fim.

Talvez ali alcançasse a esperança.

O papel almaço apararia a escuta.

 

Em letras, desenharia os símbolos.

A borboleta pousou na folha

como primeiro símbolo.

Escutei uma voz ao fundo das montanhas

que dizia-lhe:

Encontrar-te-ei...

 

Um vento balança as folhas secas

em forma de redemoinho...

Lágrimas descem sobre o papel almaço.

Uma suave chuva fina desce dos céus...

O papel almaço se desfaz.

 

As montanhas escurecem,

e a voz sussurra:

Encontrar-te-ei...

O som da voz foi crescendo:

Encontrar-te-ei.

 

Quem é as montanhas? 

Quem é o papel almaço?

Quem é a borboleta? 

Quem é a voz?

Quem é encontrar-te-ei

 

No final ficou só a voz encontra-te-ei

As montanhas

Os almaço

A borboleta

Sumiram por alguns instantes. 

Talvez a ilusão ainda permaneça,

mas compreendeu o mistério eterno,

nenhuma resposta alcançou.

Mais o primeiro passo foi dado ao encontro de si mesmo. Talvez essa seja a esperança que as sombras das montanhas cobrem como véu de ilusão / e o encontro talvez não seja fora.

 

 

 


Publicado por Elixandra (costura pensamento filosófico) em 31/07/2025 às 12h48
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