Há algo que sempre me chamou a atenção: como o instante escapa, mas o que ele desperta permanece.
Um gesto pequeno, uma frase solta, uma ausência breve... tudo isso molda o que somos sem que a gente perceba.

Às vezes penso que viver é como ouvir um eco: nem sempre entendemos de onde vem, mas sentimos que veio de algum lugar dentro de nós.
E então refletimos.
Sobre o tempo, sobre o outro, sobre o silêncio que a vida faz quando a gente para de correr.

Não escrevo para ensinar — escrevo para existir.
Escrevo para olhar de novo o que me atravessou e, quem sabe, tocar quem também se sentiu atravessado por algo parecido.
Talvez não estejamos tão sós nas nossas perguntas.

E se a resposta não vier, que venha pelo menos uma boa conversa.

Pensamento reflexivo filosófico taoismo