A vida virou uma guerra

Esperançosa:

“E se a paz não vier da conquista, mas do florescer que nasce quando se solta a espada?”

Sombria:

“E se lutar for apenas outra forma de fugir, e o silêncio da rendição for o único espelho honesto?”

Serena:

“E se parar de lutar for o primeiro gesto de amor, o começo de um caminho sem batalha?”

            —A vida virou uma guerra—

Contra a ansiedade.

Contra o passado.

contra si mesmo

Vivemos em trincheiras internas, sempre em alerta, armados até os dentes com técnicas, diagnósticos e promessas de superação. A cada manhã, um novo front: pensamentos que disparam sem aviso, lembranças que invadem, emoções que cercam. Vencer se tornou verbo obrigatório --vencer a dor, o medo, a dúvida.

Mas...e se o caminho não for vencer?

E se a paz não se esconde atrás de uma última vitória, mas na entrega silenciosa que abre espaço para o ser?

Talvez parar de lutar não seja desistência, mas despertar.

Talvez largar a espada seja o único ato de coragem real.

E se, por um instante,sentássemos ao lado da ansiedade como quem escuta um velho amigo?

E se acolhêssemos o passado não como inimigo,mas como parte de um corpo que ainda pulsa?

A guerra que travamos contra nós mesmos é muitas vezes, uma recusa de sermos quem somos _ frágeis, contraditórios, humanos. Mas há uma liberdade serena em aceitar.

Não como quem se rende ao sofrimento,mas como quem percebe que a luta já é, por si só, uma prisão.

Talvez o verdadeiro não seja vencer, mas fazer as pazes com a vida_ exatamente como ela é.

CONCLUSÃO:

Não escrevo para ensinar, nem para mudar ninguém.

Escrevo para mim — para voltar um dia e me lembrar.

Como se estas palavras fossem um espelho,um abrigo, ou apenas um lugar onde minha alma possa descansar.

Um diário silencioso, onde a guerra se transforme em CAMINHO E O CAMINHO, QUEM SABE, EM PAZ.

                "E se a verdadeira vitória não for vencer, mas fazer as pazes com o que é?"

       "E se a guerra cessasse não pela vitória, mas pelo abraço silencioso da aceitação?"

ELIXANDRA CARDOSO...

Ensaio filosófico reflexivo