![]() A Ilusão da Conquista: Desejo, Sensação e a Fuga do Presente
Vivemos em um ciclo aparentemente interminável de desejos. Projetamos nossa felicidade em objetos, metas e conquistas, como se cada um deles tivesse o poder de preencher uma lacuna interior. Contudo, ao alcançarmos aquilo que tanto idealizamos, a euforia esperada rapidamente se dissolve, revelando que o anseio não cessou. Pelo contrário, ele apenas se transformou, redirecionando-se para um novo objetivo.
Essa experiência revela uma verdade desconcertante: talvez não desejemos o objeto em si, mas a sensação que associamos a ele. O desejo se alimenta da promessa de prazer, segurança ou completude, mas raramente encontra descanso na posse. A mente, inquieta, já projeta a próxima conquista. É como se estivéssemos eternamente correndo atrás de um horizonte que se afasta à medida que avançamos.
Diante disso, surge uma pergunta inevitável: seria possível romper esse ciclo? Se a sensação que buscamos é apenas uma construção mental, talvez a resposta não esteja na próxima conquista, mas no retorno à presença. A verdadeira satisfação pode residir na aceitação do agora, no silêncio entre os desejos, na contemplação despretensiosa daquilo que já é.
Talvez a chave não esteja em renunciar aos desejos, mas em observar sua natureza ilusória. Em perceber que não há objeto que nos complete, apenas momentos de consciência onde cessamos a corrida e finalmente habitamos a vida como ela é.
Você não quer o que pensa que quer; na verdade, o que você realmente deseja é a sensação que acredita que esse algo lhe trará.
Você acredita que, muitas vezes, buscamos algo pelo que ele representa emocionalmente, e não pelo objeto ou objetivo em si?
Não escrevo pra ensinar, nem pra mudar ninguém. Escrevo pra voltar aqui, e reler as minhas próprias loucuras. Aquelas que me atravessam a alma sem pedir licença, e me lembram quem sou quando eu esqueço... Elixandra cardoso
Ensaio texto reflexivo filosófico Elixandra ( costura pensamento)
Enviado por Elixandra ( costura pensamento) em 20/04/2025
Alterado em 24/04/2025 Copyright © 2025. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
|