Elixandra cardoso, costura pensamento

"Tecendo silêncios e sentidos entre fios e pensamentos"

Textos


Reflexões de um Labirinto Chamado Vida

 

 "No labirinto da vida, não há mapa // só passos que desenham o caminho."

 

E se o sentido não estiver na saída, mas em cada passo que damos dentro do labirinto?

 

Pensar:

 

Talvez o erro esteja em buscarmos sempre um destino fixo, uma meta final que justifique a caminhada. No entanto, é no ato de caminhar, de errar caminhos, de hesitar diante das curvas, que a vida se revela. Cada passo não é apenas uma direção, mas uma expressão de quem somos naquele instante // e o caminho só existe porque decidimos percorrê-lo.

 

 

"A vida é um labirinto onde cada encruzilhada revela mais de nós do que do destino."

 

Será que buscamos o caminho certo ou apenas um espelho onde possamos nos reconhecer?

 

Pensar:

 

As encruzilhadas, mais do que dilemas externos, são convites internos. A escolha entre um caminho e outro não fala do que está adiante, mas de quem estamos sendo agora. O destino, afinal, pouco importa se não estivermos atentos ao que cada decisão nos mostra sobre nossas próprias intenções, medos e desejos. Cada escolha é um retrato íntimo.

 

"Perder-se no labirinto da vida às vezes é a única forma de se encontrar."

 

Por que tememos tanto nos perder, se é na perda que tantas vezes nos descobrimos?

 

Pensar:

 

A ideia de controle é uma ilusão reconfortante. Mas a verdade é que nos encontramos, muitas vezes, nos momentos em que tudo desaba // quando os velhos mapas não funcionam mais. Ao nos perdermos, deixamos de repetir padrões e somos forçados a olhar para dentro. É nesse desvio inesperado que surgem novas versões de nós mesmos, mais autênticas, mais livres.

 

 "O labirinto da vida não exige pressa, mas presença."

 

 O que deixamos de perceber quando corremos demais em busca de um lugar que nem sabemos se existe?

 

Pensar:

 

Vivemos como se o tempo fosse inimigo e como se só houvesse valor na chegada. Esquecemos que a vida se passa nos detalhes: no som dos passos, na textura das paredes do labirinto, na luz que entra por uma fresta. A presença é o único instrumento capaz de transformar a confusão em aprendizado. Quando estamos inteiros no agora, até o caos ganha forma.

 

 "Vivemos como se houvesse uma saída, mas talvez o labirinto seja o próprio viver."

 

 E se a verdadeira liberdade não for escapar do labirinto, mas dançar dentro dele?

 

pensar:

 

Talvez nunca haja uma linha de chegada. Talvez viver seja justamente aceitar o entrelaçar dos caminhos, a beleza do inesperado e a poesia da impermanência. Em vez de fugir ou tentar compreender tudo, podemos aprender a dançar com as incertezas, rir das voltas, amar mesmo sem saber aonde tudo leva. Porque, afinal, o viver não é uma fuga // é um mergulho.

 

Não escrevo para ensinar, nem para mudar ninguém. Escrevo porque preciso me perder e me encontrar nos corredores do que sinto. Cada palavra é uma parede, cada frase, uma curva. Ao escrever, caminho pelo labirinto das minhas inquietações // e só ao reler, compreendo os ecos que guiam minha saída. Escrever é como andar sem mapa por dentro de mim mesma, tocando com letras aquilo que não cabe no silêncio. É um exercício de coragem, um mapa desenhado no escuro, onde às vezes me perco, mas nunca deixo de procurar. E assim sigo...

 

Ensaio filosófico poético lírico reflexão 

Elixandra ( costura pensamento)
Enviado por Elixandra ( costura pensamento) em 21/04/2025
Alterado em 24/04/2025
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