Quando o Sol Morrer, Tudo Renasce

Um dia, o Sol vai morrer.

A estrela que aquece nossos ossos, que faz germinar a semente e ilumina nossos afetos, vai apagar sua luz. Não será agora, nem amanhã // mas será. E isso não é motivo de desespero. É apenas mais um passo na dança cósmica do tempo.

O universo, com sua calma impassível, não teme o fim. Ele entende o que muitas vezes esquecemos: que nada morre de verdade, apenas se transforma. O Sol que morrerá um dia é o mesmo que já nasceu de outra estrela. A vida é continuidade, não interrupção.

E nós, humanos, que construímos impérios e esquecemos que somos pó, deveríamos lembrar disso. Que cada floresta que cai, cada rio que seca, cada animal silenciado/ tudo isso ecoa no corpo da Terra como um aviso. A natureza não é um recurso, é um espelho. O que fazemos a ela, fazemos a nós.

Vivemos como se o Sol fosse eterno. Como se o ar fosse garantido, e a água, inesgotável. Mas o fim do Sol // esse acontecimento distante e inevitável // nos lembra da preciosidade de cada instante. O agora é finito, e por isso sagrado.

Talvez o grande aprendizado seja esse: só quem reconhece a morte, valoriza a vida. Só quem aceita o fim, se entrega ao presente. E quando cuidamos da Terra, quando preservamos o que vive, não estamos apenas protegendo o planeta. Estamos protegendo a memória do Sol, a centelha divina que pulsa em tudo.

Epílogo

Não escrevo para ensinar, nem para convencer. Escrevo para lembrar a mim mesma que a vida é um sopro // e ao mesmo tempo, é tudo.

E que talvez, no dia em que o Sol morrer, uma nova luz nasça… dentro de nós.

"O Sol um dia vai morrer, mas até lá, ele nos ensina a brilhar sem pedir nada em troca."

 "Cuidar da Terra é uma forma de agradecer ao Sol >> é proteger o que ele fez florescer."

 "Tudo que nasce carrega em si o mistério do fim, mas também a promessa de renascimento."

 "A morte do Sol não será o fim da beleza, mas o início de outra forma de luz que ainda não conhecemos."

Ensaio filosófico poético lírico