![]() "A Mente e o Coração: um Amor em Silêncio"
Era uma vez um campo dentro de um ser humano. Nele, duas forças viviam lado a lado, mas raramente se olhavam: a Mente, feita de lógica e mapas, e o Coração, feito de ritmos e mares.
A Mente era silenciosa, sempre pensando. Calculava rotas, evitava dores, construía castelos com palavras. Tinha medo da queda, e por isso voava pouco. O Coração era barulhento. Pulsava, sonhava, explodia. Não desenhava mapas > atravessava desertos com os olhos fechados, só porque sentia que devia ir.
Viviam em conflito.
“Você se entrega demais”, dizia a Mente. “E você se protege tanto que não vive”, respondia o Coração.
A Mente queria segurança, o Coração queria intensidade. A Mente dizia “pense”, o Coração gritava “sinta”. E quando um tomava o controle por completo, o ser sofria: ou afogava-se em pensamentos sem ação, ou se perdia em emoções sem direção.
Mas houve um dia raro > um silêncio profundo, talvez durante um entardecer > em que ambos pararam. Não para discutir. Mas para ouvir.
A Mente tocou o Coração com delicadeza e disse: “Me ensina a sentir sem me perder.” E o Coração, com uma lágrima que era também riso, respondeu: “E você, me ensina a pensar sem me calar.”
Foi nesse encontro, breve e eterno, que algo novo nasceu: uma ponte.
Desde então, não vivem mais em guerra, mas em conversa. A Mente avisa quando é hora de pausar. O Coração avisa quando é hora de correr. E o ser humano > aquele campo onde habitam > começou a caminhar com mais verdade. Porque entendeu que a sabedoria não está em escolher um ou outro, mas em deixá-los dançar juntos, ainda que em compassos diferentes.
Ensaio filosófico poético
É ISSO... Elixandra ( costura pensamento)
Enviado por Elixandra ( costura pensamento) em 22/04/2025
Alterado em 24/04/2025 Copyright © 2025. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
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