![]() "Ciúmes e Insegurança: Sombras de um Amor que Treme"
Era um quarto dentro da alma >> trancado, abafado, cheio de espelhos quebrados. Lá dentro moravam dois irmãos: Ciúmes e Insegurança.
Ciúmes andava inquieto, olhos atentos a cada detalhe, como se o mundo inteiro fosse uma ameaça. Tinha medo de perder. De ser trocado. De não bastar. Insegurança era mais silenciosa, mas não menos presente. Ela sussurrava dúvidas enquanto o outro gritava dores. Era ela quem plantava as sementes. E o Ciúmes, quem colhia os espinhos.
“Ele está olhando para outro alguém”, dizia Ciúmes, roendo as unhas. “E se for melhor que você?”, completava Insegurança, sorrindo em sombra.
E assim dançavam >> um acusando, o outro se encolhendo. Um armando defesas, o outro cavando buracos dentro de si. Viviam num ciclo. Um alimentava o outro. Um precisava do outro. Mas nenhum sabia amar. Só sabiam temer.
Até que um dia, o Amor entrou no quarto. Não para brigar, nem para expulsá-los. Mas para acender uma vela.
E ali, sob a luz suave, o Ciúmes tremeu. Porque viu que não era fúria >> era medo. E Insegurança chorou. Porque entendeu que não era fraqueza >> era ferida.
O Amor não os odiava. Apenas os reconhecia como partes perdidas de alguém que ainda estava aprendendo a se bastar.
“Eu não vim negar vocês”, disse o Amor. “Mas ensinar que amor de verdade não é controle, nem prova, nem vigia. É escolha. É liberdade.”
O quarto se abriu, pela primeira vez.
E enquanto Ciúmes e Insegurança se sentavam quietos num canto, escutando, a alma começava a respirar de novo.
Porque o amor que amadurece não elimina as sombras >> apenas aprende a viver com elas... sem deixá-las no volante.
Ensaio filosófico poético feito prosa
É isso... Elixandra ( costura pensamento)
Enviado por Elixandra ( costura pensamento) em 22/04/2025
Alterado em 24/04/2025 Copyright © 2025. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
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