![]() "Fios de Labareda: A Costura Entre Paixão e Amor"
Costura Filosófica no calor de pano com pano
🔥 Paixão passa linha no fundo da agulha e costura o fogo do pano: os rastros de um desejo que não se apaga .
💘 Amor terce costura ponto a ponto, construindo um pano nobre, que resiste ao tempo e à dor.
O Amor e a Paixão, dois tecelões antigos, puxavam linha e nó.
Era meio-dia quente, um sol de estalar o pano e queimar os pensamentos. Ali, no meio do pingo do meio, onde até as sombras pediam abrigo, Paixão se abanava com um pedaço de pano vermelho, como fogo atiçado pelo vento, pronto para queimar sem medir a costura.
A Paixão, suada, impaciente, esfregava o rosto com as pontas dos dedos, pedindo banho como quem clama por um alívio, sabonete até nos quatro canto esquecidos do pano.
O Amor, calmo e comprido como estrada de verão no pano da eternidade, apenas sorria de lado, sabendo que certos calores do pano, não se lavam: se vivem. Eu sou amor, não sou fiapo de pano que o vento leva / sou pano inteiro, tramado com paciência pra durar além das estações.
E segue paixão:
>< "Quero tudo agora!" / gritava a Paixão, puxando o fio como quem rasga pano. >< "Tudo que arde também passa", >< sussurrava o Amor, alinhavando o pano do tempo com mãos pacientes. Briga comprida feito fita métrica aquela discussão de pano que parece não ter começo nem fim, mas, no fundo, era só mais uma costura invisível, tentando juntar o fogo do pano da pressa com o fio lento da eternidade.
Num rompante de linhas embaraçadas, o Amor então falou: e disse
>< "Tu és fogo saboroso, ardente, que deixa na boca o gosto doce e depois se duvidar o amargo. És chama que se espalha pelos quatro cantos do pano, que devora, que incendeia, mas que cedo ou tarde se apaga no próprio cansaço da costura." É feito tesoura afiada, corta sem dó, mas deixa marcas que nunca se apagam." Passar a linha no buraco da agulha requer adrestria ponto a ponto com linha fresca de algodão cru.
E prosseguiu, enquanto puxava firme o fio de seda da reflexão:
"Eu sou amor. Não queimo / acendo. Sou brasa mansa nos quatro pontos do pano, sem muita disca, sem espetáculo. Quando quiseres ir embora, não haverá rasgo nem cinza. haverá um pano estirado, estendido como tapete de passarela, esperando o teu passo livre para costurar o infinito com teus próprios fios."
E assim, sob o sol quente, a agulha do destino continuava trabalhando: um fio de paixão, outro de amor / entrelaçados no grande pano da vida.No final é apenas as dualidades opostas chamando Pra trama do reconhecimento interno...
Poesia poética filosofica metafórica cronizando os fios da prosa... resenha
É isso
Elixandra ( costura pensamento)
Enviado por Elixandra ( costura pensamento) em 26/04/2025
Alterado em 26/04/2025 Copyright © 2025. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
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