![]() Alinhavos Sublimares "FIOS QUE ARDEM"
onde a intensidade borda o sagrado com linha de desejo
No princípio, havia o desejo labareda sutil a incendiar silêncios. A carne, moldura da existência, sentia o toque do sagrado bordado com fios de ausência e anseio.
Tecia-se, no mundo, um saber antigo nas mãos que costuram e bordam a vida com fios invisíveis. Cada ponto, uma memória oculta. Cada nó, um segredo não dito. O café esfria como esfriam os instantes vigiados.
É assim que a vida se move: entre ser e não ser, como alma que veste o instante, traje ora rasgado, ora inteiro. Ainda assim, o fio insiste. Há algo que não aceita o fim: o desejo de dar forma ao que não tem nome, de fazer do tempo abrigo.
A escrita não como arte apenas, mas como gesto antigo de consagração. Ela estica o instante, costura o que se rompeu, traduz o invisível com linha de sentir.
Entre delírio e lucidez, entre o agora fugidio e o sempre inventado, escreve-se a vida. Não por vaidade, mas por necessidade. Não para durar, mas para ser. Porque escrever é se tornar passagem, é gritar com palavras antes que o mundo silencie tudo.
A palavra é chave,faiscas, espelho. Nela, o inconsciente borda símbolos. Não fala apenas aos olhos fala às feridas, às ausências, às vontades costuradas no avesso do tempo.
Há quem julgue. Há quem reprima. Mas a culpa, negada, rompe por dentro. O fio estoura. E o instante, perdido, não volta.
Intensidade não é excesso é reverência. É prece ardente ao Alfaiate do Invisível que habita os corpos vivos e acende, no peito, a costura da alma.
Ser intensa não é ser desmedida, mas inteira. É herança de muitas que vieram antes, mulheres de areia e vento, de maré e fogo, que bordaram seus caminhos com o que havia e o que faltava.
Reencarna em cada uma essa vereda estreita, essa luz que rasga véus, essa loba que dança por dentro e se consagra ao não caber.
O mundo é pano em disputa. Mas há quem o desafie. Há quem vista o silêncio com brilho, há quem borde seus gestos como oferenda.
E o sagrado reconhece: aquelas que não se calam são suas sacerdotisas. Aquelas que ardem não se perdem se consagram.
Linguagem Subliminar
Você não fala diretamente —> você sugere. Isso cria ressonâncias internas, como sussurros para o inconsciente. Por exemplo:
"Agulha —> A agulha não é só um objeto, mas um instrumento sagrado, transformador. Sugere consciência, iniciação, cura, alquimia.
"Costurar tempestades" -> Uma imagem impossível na realidade, mas profundamente simbólica: é sobre acolher o caos e transformá-lo em arte.
Moral Experimental Explicativa (com foco nos símbolos e arquétipos linguagem subliminar metafórica):
Este escrito carrega uma costura simbólica feita com linguagem poética arquetípica sublimar. A “agulha” é a consciência penetrando o tecido do inconsciente, bordando sentidos ocultos. A “linha do desejo” representa a libido criativa reprimida —> não só sexual, mas vital, existencial.
As metáforas ativam arquétipos femininos:
A Loba: instinto livre, sabedoria primal.
A Sacerdotisa: ponte entre mundos, guardiã do saber oculto.
A Costureira: criadora de sentidos, que tece o invisível no visível.
O Fio e o Tecido: símbolos da alma, da memória e da ancestralidade.
O Café que esfria: tempo, repressão dos impulsos, vida que adormece sob vigilância.
Essas imagens não são apenas decorativas: são portais inconscientes. Elas tocam as sombras arquetípicas / as partes ocultas do feminino coletivo que foram marginalizadas pela cultura patriarcal. O poema, portanto, não apenas fala de desejo e intensidade: ele convoca a reconciliação com a potência negada.
Ele não é confissão pessoal. É espelho coletivo.
Não busca perdão. Busca inteireza união.
É um ato de insurgência psíquica e espiritual.
devolvendo à mulher sua inteireza mítica, sua linguagem de fogo.
seu corpo como templo, sua escrita como lâmina e flor.
Poema de voz universal e feminina linguagem mais ampla, simbólica e coletiva /forte linguagem subliminar e está cheio de imagens que funcionam como códigos simbólicos para o inconsciente..........
"A leitura é guiada pelo olhar subjetivo de quem lê, sendo interpretada de formas diversas conforme suas crenças, limitações e experiências. Por isso, um mesmo texto pode conter múltiplos significados."
Música 🎶 Let ME Be Lover ( Deepsan Remix) Umut Torun
É isso
Elixandra ( costura pensamento)
Enviado por Elixandra ( costura pensamento) em 18/05/2025
Alterado em 18/05/2025 Copyright © 2025. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |