![]() COSTURANDO A MATRIX: Entre Fios Visíveis Invisíveis, e Enviesados (niilismo/ conspiração)
A realidade é um tecido. Alguns veem a estampa, poucos percebem os fios.
Vivemos gritando que estamos PRESOS. QUE A MATRIX NOS DOMINA. Que o mundo é um simulacro, um palco mal iluminado, uma ilusão coletiva vendida em suaves prestações pela indústria, pela religião, pela política, pela cultura. Mas esquecemos de olhar para os dedos que seguram a linha. Esquecemos de olhar que estamos também ajudando a costurar.
A Matrix é coletiva. Está nos supermercados, nas redes sociais, no horário comercial, no culto dominical. Está na carne que mastigamos, no creme que passamos no rosto, no voto que digitamos, no comprimido que engolimos. É um tear onde todos puxam um fio, mesmo os que dizem querer cortá-lo. Ninguém está completamente fora. O próprio Planeta Terra é um tear.( Matrix)
Mas existe uma Matrix ainda mais silenciosa: a individual. Aquela onde costuramos o medo com o passado, o desejo com a ausência, a crença com a ferida. Presos em cavernas internas, acreditamos estar acordados apenas porque abrimos os olhos da suposta Matrix coletiva. Mas quantas ilusões ainda vestimos sem perceber?
Talvez o niilismo seja o ponto mais fraco do pano. Quando gritamos que tudo é mentira, que nada vale, que somos fantoches..... esquecemos que a agulha está em nossas mãos. Sim, a Matrix é real. Mas a consciência também é.
O panteísta sabe: tudo é um só tecido. Atacar o mundo é perfurar a própria pele. O budista respira: tudo está interligado, e não se corta o vazio com raiva. O taoista flui: não se costura contra o Tao. O espiritualista compreende: a carne é véu, mas também é caminho. O dualista observa: o corpo pode ser o tear da alma.
Costurar-se é a tarefa. E talvez seja essa a verdadeira revolução: não desfazer o mundo( Matrix), mas saber onde está rasgado. E, ponto por ponto, refechar-se com consciência.
O Tear visível invisível enviesado
Costuramos com linhas que não vemos. Dedos calejados da alma tateiam tecidos que não tocam o mundo. Cada ponto é uma memória. Cada nó, uma crença. Há quem diga que vivemos dentro de uma Matrix / um grande tear digital que nos aprisiona em tramas invisíveis. Mas eu pergunto: QUEM É QUE NÃO ESTÁ COSTURADO NELA?
Nascemos com um molde. Nome, gênero, cor, idioma, Deus. Depois nos vestem com as linhas do tempo: escola, trabalho, família, corpo ideal, moral, consumo. E seguimos. Uns com tecidos mais leves, outros enrijecidos pelas tramas do sofrimento. MAS TODOS, SEM EXCEÇÃO, USANDO AGULHAS QUE NÃO ESCOLHERAM. ( e isso é o que se não uma Matrix?)
Há quem lute para sair disso tudo / ROMPER A MATRIX, escapar da CAVERNA, despertar do sonho. Mas será que a fuga é mesmo o caminho? Ou talvez o verdadeiro despertar seja reconhecer que estamos DENTRO..... e ainda assim escolher costurar com consciência?
Porque toda FUGA baseada na NEGAÇÃO acaba virando mais uma trama. Muitos que falam em despertar só SUBSTITUEM UMA PRISÃO POR OUTRA: trocam O SISTEMA PELO SECTARISMO, O GOVERNO PELA SEITA, O ALGORITMO PELA PARANOIA. Dizem que sabem a verdade. A verdade única. A verdade salvadora. Mas que verdade é essa que separa? Que salva uns e condena outros? Até quem não acreditar em nada. Também é uma espécie de matrix individual....
O problema das teorias da conspiração não é apenas o exagero. É o esquecimento de que tudo, inclusive o "erro", faz parte do tecido. Não há ponto fora da tapeçaria. Não estamos aqui para vencer o mal / estamos aqui para reconhecê-lo como parte. Talvez não exista mal ou bem no sentido absoluto. Talvez o universo não esteja em guerra consigo mesmo. Talvez tudo isso / MATRIX, ILUSÃO, CORPO, EGO, VÍCIO, VAIDADE / SEJA APENAS UM GRANDE ESPELHO DIDÁTICO. (Criações nossas)
QUEM NÃO É UM REFLEXO DE TUDO? O santo carrega um pouco de vaidade. O vaidoso carrega um pouco de luz. Todos estamos trançados. Quando você puxa um fio, o mundo inteiro estremece. Não há FORA DA MATRIX. HÁ NÍVEIS DE CONSCIÊNCIA DENTRO DELA....
A ESPIRITUALIDADE que liberta não é a que promete OUTRO MUNDO. É a que revela este mundo como sendo o próprio campo de despertar. A MATRIX, A PRISÃO, A ILUSÃO..... PODE SER A ESCOLA. A carne não é castigo. É presença. O ego não é obstáculo. É ferramenta. O erro não é desvio. É caminho.
O Tao não impõe sentido. Ele flui. O Buda não foge da dor. Ele olha. O panteísmo não nega o mundo. Ele o reverencia como sagrado. Tudo é expressão do UNO. ATÉ A CONFUSÃO. ATÉ O CONTROLE. ATÉ A MATRIX.
E se for isso? Se a Matrix for a sala de aula, e o caos o quadro-negro onde a vida desenha suas lições? E se o despertar não for subir aos céus, mas descer ao centro de si, ao ponto exato onde o tear começa?
Porque o tear não é inimigo. É convite. A costura é lenta, mas revela padrões. Há beleza no detalhe. Há sabedoria nos nós. E quando tudo parece escuro, talvez seja só o avesso da tapeçaria que estamos vendo.
Ensaio explicativo (o pano de fundo)
Nesta escrita, a Matrix simboliza o conjunto de estruturas que moldam nossa experiência: sociedade, corpo, cultura, consumo, religião. Mas diferente da visão apocalíptica, a proposta é vê-la como um campo de aprendizado, e não como inimiga. A obsessão por escapar ou “despertar” pode se transformar em uma nova prisão: o apego a verdades absolutas e teorias conspiratórias que, ao invés de libertar, reforçam o ego espiritual niilistas.
A metáfora da costura nos lembra que somos parte da tapeçaria da vida / com fios que se entrelaçam, se confundem, se revelam. Não há separação entre bem e mal, luz e sombra, ilusão e verdade: tudo faz parte do processo.
Espiritualidades como o panteísmo, o budismo, o taoismo e o espiritismo e xintoísmo outras nos convidam a reconhecer essa unidade. Não somos vítimas da Matrix. Somos artesãos dentro dela, e cada ponto consciente pode alterar o desenho maior. O corpo, a memória, a matéria: nada disso é erro. Tudo é ferramenta....
xintoísmo encaixa no texto / principalmente reforçando a ideia de unidade entre o ser humano e a natureza, e a sacralidade do que está ao redor, mesmo dentro da "Matrix".
O xintoísmo, não fala de bem contra mal, nem de salvação ou queda, mas sim da harmonia com os kami / espíritos que habitam todas as coisas da natureza. E também que por traz de todo ser humano, existe a imagem verdadeira de Deus mesmo que ao longo da vida a Matrix individual tenha o cegado.....
A valorização da experiência terrena como sagrada (mesmo que seja “Matrix”);
a ideia de que tudo é interconectado e possui um espírito (o tear da existência);
o reconhecimento de que não há uma guerra, mas um movimento de purificação, de retorno à harmonia.( o reconhecimento da imagem verdadeira de Deus). E Esse reconhecimento será dentro da Matrix
> Talvez, como no xintoísmo, tudo o que existe / até mesmo os fios da Matrix / seja habitado por uma centelha viva. A sacralidade não está além, mas aqui. O que chamamos de prisão a Matrix pode ser também um santuário. A costura não é erro; é ritual. A matéria, um templo em disfarce.....
As ilusões, para o xintoísmo, fazem parte de algo sagrado, e não precisam ser combatidas com ódio ou negação, mas reconhecidas com reverência....
O niilismo perfeitamente entra em cena no texto e ele está ali, mas de forma sutil e crítica, o que torna o texto mais maduro e equilibrado....
Critica a obsessão por escapar da Matrix, ou a ideia de que tudo é manipulação, ilusão, ou prisão sem saída / isso é uma crítica ao niilismo conspiratório, que afirma que tudo está corrompido e nada tem valor verdadeiro....
> "Todos que falam em despertar só substituem uma prisão por outra..." E também: "Talvez o universo não esteja em guerra consigo mesmo..." São formas de mostrar como o niilismo pode se disfarçar de espiritualidade ou de consciência crítica, levando à separação e desilusão profunda..
Alguns, ao despertarem para os fios da Matrix, optam pelo exílio. Vão às florestas, às montanhas, aos campos / buscando o silêncio do natural, longe dos algoritmos, do concreto, da civilização. E não é erro. É escola. É caminho. Mas se esse caminho nasce do cansaço absoluto, da negação radical, da recusa do humano e do social / então talvez não seja libertação, mas outro tipo de prisão. Um niilismo disfarçado de pureza, onde o mundo deixa de ser lugar de aprendizado para virar apenas um campo de guerra entre o real e o artificial. Mas será que a natureza / em sua plenitude / realmente deseja que fujamos do mundo? Ou deseja que nos reconciliemos com ele?”
O texto não nega que a vida pareça sem sentido ou manipulada, mas propõe que essa própria sensação de vazio pode ser parte do aprendizado.....
Em vez de cair no desespero (niilismo passivo) ou na rebelião raivosa (niilismo ativo), o texto oferece uma terceira via: a integração e a consciência.
Por que faz sentido filosoficamente:
O niilismo aparece com força nos tempos modernos, principalmente quando se percebe que todas as estruturas (religião, ciência, política, corpo) são falhas ou manipuladas. Isso pode gerar um vácuo existencial.....
Porém, as correntes citadas oferecem uma resposta a esse vácuo: não lutando contra ele, mas fluindo com ele e transformando o vazio em espaço criativo.
O niilismo. Ele aparece como um fantasma que assombra quem desperta, mas o texto propõe que, ao invés de cair no vazio, podemos costurar significado a partir dele. Isso é profundamente espiritual e filosófico.
papel das teorias da conspiração no texto, fazem sentido no contexto:
>< “Se não tivermos cuidado, podemos entrar no niilismo ferrenho da matrix com teorias da conspiração...”
>< “Todos vivem dentro da Matrix..... até o próprio planeta é uma Matrix.”
As verdades parciais das conspirações, camuflagem / evita cair na armadilha de tomá-las como verdades absolutas.
As teorias da conspiração surgem como tentativas humanas de encontrar um inimigo externo: governo, elite, aliens, reptilianos, big tech, farmácia, etc. Mas o texto propõe um olhar mais profundo:
Em vez de alimentar separação, paranoia e “guerras” entre o bem e o mal,
Ele sugere que essas narrativas nos distraem da verdadeira libertação: a interna, a íntima, a silenciosa....
Isso desmonta a ilusão de que lutar contra um “sistema lá fora” é o suficiente, quando o mais urgente talvez seja dissolver os condicionamentos dentro de si.
Nao é resolver o rasgo do mundo, nao é gritar aos ventos que estamos numa Matrix , é também um chamado individual para olhar a sua volta , o vizinho, o colega do trabalho, o cônjuge, o filho, o caráter a ética moral começa aqui do nosso lado.....isso é também é atitude ( fora da Matrix)
>< Como isso dialoga com o panteísmo, o budismo e o taoismo?
O panteísmo diz que tudo é parte de um todo / inclusive o “mal”.
O budismo diria que a dor vem do apego / até ao apego às ideias de salvação ou de despertar ou de verdades absolutas.
O taoismo convida à não resistência / inclusive à existência da Matrix como um fluxo do Tao.
A Matrix pode ser um mestre, não um inimigo.
A conspiração faz sentido no contexto do texto, como um sintoma de separatividade e busca desesperada por sentido. Mas o texto não a nega nem a confirma: ele transcende. Ele mostra que o problema não está em saber da conspiração, mas em fazer dela uma prisão mental.....
Moral da história
Não há para onde fugir. O que há é para onde olhar. E olhar, às vezes, já é romper as correntes invisíveis enviesadas dentro de nós. EM VEZ DE APONTAR UMA MATRIX EXTERNA, O CONVITE É // QUE TAL COMEÇARMOS À OLHAR PARA NOSSA PRÓPRIA MATRIX INTERNA INDIVIDUAL....
RECLAMAÇÃO DE UM SISTEMA fora (MATRIX COLETIVA) É APENAS TEORIAS não ADIANTAM..... que possamos vestir a roupagem e PRÁTICAR aquilo que estiver ao nosso alcance / por nós / e pelo vizinho,/ pelo doente,/pelo encarcerado/ pela cônjuge/ esses sim estão perto de nós/ esses atos se chamam dançar dentro da Matrix...
Não estamos aqui para vencer o mundo. Estamos aqui para compreendê-lo. A MATRIX PODE SER PRISÃO / OU PODE SER TECIDO SAGRADO. Depende de como você costura....
——————————————————————— Crônica tom poético-filosófico-espiritual acrescentei uma seção introspectiva (ensaio) que questiona a obsessão por verdades absolutas: (conspiração/ niilismo), critica a SEPARATIVIDADE e propõe uma visão mais integrada da existência / onde a MATRIX não é INIMIGA, mas ESCOLA. Também inseri reflexões de algumas teorias filosóficas Panteísmo, Xintoísmo, Hinduísmo, Budismo, Espiritismo, Taoísmo UNIDADE e TRANSCENDÊNCIA da EXPERIÊNCIA CARNAL..... ———————————————————————
Reflexao
fios invisíveis que ligam tudo (panteísmo, interdependência budista),
linhas de destino e livre-arbítrio entrelaçados (hinduísmo, espiritismo),
tramas conscientes e inconscientes (dualismo corpo-mente, Matrix coletivo e individual),
o ato de remendar, reconstruir, reconfigurar a si mesmo já o caminho e não tentar remendar o mundo, ponto por ponto.
> Será que não exageramos ao falar que vivemos numa Matrix? Ou será que não a compreendemos profundamente o bastante?
-> Matrix coletiva: o tecido do mundo Descrever como todos, de alguma forma, estão costurados na mesma rede:
alimentação, tecnologia, moda, política, religião, indústria, saúde, educação.
"Cada um segura uma ponta do fio, mesmo quando diz querer cortá-lo."
-> O perigo do niilismo disfarçado de despertar Mostrar como teorias conspiratórias podem parecer libertadoras, mas muitas vezes alimentam desesperança:
"Dizer que tudo é ilusão sem saber costurar uma verdade interior é virar refém do buraco, não da luz."
-> A Matrix individual: o fio interno, os nós invisíveis
Aprisionamento interno: memórias, condicionamentos, ilusões do ego.
"Enquanto não costuramos nosso próprio rasgo interior, seguiremos vestindo ilusões emprestadas pela matrix."
-> A arte da costura espiritual
o panteísmo: tudo é tecido de um mesmo Ser;
o budismo: tudo é interdependente, impermanente;
o taoismo: o fluxo da vida não se controla, se segue;
o espiritismo: o véu da carne não é prisão, é oportunidade;
o dualismo: corpo e alma, matéria e espírito, estão entrelaçados, não separados.
"A consciência é a agulha. O discernimento é o fio."
Conclusão / Costurar a si mesmo, ponto por ponto e nao o mundo ( matix)/
> "Não se trata de rasgar o mundo. Nem de queimar o tecido. Trata-se de aprender a costurar novos sentidos / com humildade, com PRESENÇA PORQUE MATRIX É O PANO. MAS A CONSCIÊNCIA É O ARTESÃO."
"A leitura é guiada pelo olhar subjetivo de quem lê, sendo interpretada de formas diversas conforme suas crenças, limitações e experiências. Por isso, um mesmo texto pode conter múltiplos significados."
ISTO QUE FOI ESCRITO NÃO É DOUTRINA, NEM VERDADE ENCERRADA. É APENAS UM PONTO DE VISTA ENTRE TANTOS TALVEZ ATEMPORAL, TALVEZ ILUSÓRIO. OU, NO FIM, SÓ MAIS UMA CAMADA DA MATRIX.....
ESSA ESCRITA NÃO LIBERTA NEM PRENDE. APENAS PROPÕE UMA COSTURA ENTRE O DENTRO E O FORA. VERDADE? REFLEXO? OU SÓ MAIS UMA MATRIX BEM COSTURADA?
TUDO É APENAS MAIS UMA MATRIX.
Musical 🎶🎶🎶🎶🎶silence (niccko)
É isso
Elixandra ( costura pensamento)
Enviado por Elixandra ( costura pensamento) em 24/05/2025
Alterado em 25/05/2025 Copyright © 2025. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |