![]() 🧵 BARALHO DA ALMA FEMININA: costuras do invisível (parte 01)Na mesa de linho antigo, o baralho é disposto como um manto aberto. E incensos de mirra sobrepostos. Não são filósofos que o leem. São três mulheres. Três faces. Três vozes de uma só alma.
A MULHER SELVAGEM ACENDE A VELA...... A MULHER SILENCIOSA FECHA OS OLHOS..... A MULHER QUE GRITA RI ALTO / E DEPOIS CALA.....
Cada carta é um corte. Cada fio, um destino. Cada ponto, um segredo que só o feminino entende.
Carta 1 <–> A Agulha da Dor É com a ponta que sangra que se começa a costura. A mulher aprende cedo a bordar o silêncio com a linha invisível do que engole calada. Costura o choro no forro da roupa.
>< A Mulher Silenciosa sussurra: “A dor é o tecido mais antigo. E ainda assim, não se vê.”
Carta 2 <–> O Bordado do Amor O amor vem em pontos invisíveis, laços frouxos que depois apertam, costuras tortas que ainda assim sustentam. Ela ama como quem tece uma colcha / por camadas, por memórias, por calor.
>< A Mulher Selvagem responde: “Quem ama, rasga. Mas também remenda.”
Carta 3 <–> O Zíper do Desejo Ela se abre / e não é metáfora. Sua pele é página viva, seu ventre: templo e incêndio. Ela goza como quem reza / língua e espírito entrelaçados.
> A Mulher Que Grita diz com firmeza: “Meu corpo não é pecado. É passagem.”
Carta 4 <–> O Avesso da Tristeza Toda costura tem um lado que não se exibe. Ela também tem. São os retalhos rejeitados, as linhas que embaraçaram, os dias sem cor.
> A Mulher Silenciosa inclina a cabeça: “O avesso é onde o espírito se esconde.”
Carta 5 <–> A Tesoura do Silêncio Cortaram sua fala. Mas ela aprendeu a esculpir o mundo com o olhar. E quando enfim falou / não foi com palavras, mas com costuras no ar, com danças, com berros contidos, com poesia.
> A Mulher Que Grita cospe a palavra: “Eu sou a voz que não coube nos moldes.”
Carta 6 <–> A Agulha da Guerra Ela já foi agulha e alvo. Já costurou a armadura com os próprios cabelos. Marchou com salto e calo. A guerra que ela vive é cíclica / sangra, mas retorna sempre ao centro.
> A Mulher Selvagem sorri com cicatriz: “Minha luta é ritmo. Minha dança tem garras.”
Carta 7 <–> A Renda do Ouro Ela também gera riqueza. Não só no ventre, mas na visão. Transforma retalhos em vestes, fios em negócios, feridas em cura.
> A Mulher Silenciosa ergue um broche antigo: “O ouro da mulher é o que ela tece com o que rasgaram.”
Epílogo <–> O Ponto Invisível
Ao fim da leitura, as três se levantam mas quem as vê percebe: eram uma só o tempo todo. A mesma mulher que habita todas as outras.
A vela queima até a cera encontrar o silêncio. No tecido do mundo, surgem os nomes:
Ana. Beatriz. Clara. Denise. Eliane. Fabiana. Gabriela. Helena. Isadora. Janaína. Karine. Larissa. Mariana. Nádia. Olivia. Patrícia. Quitéria. Rafaela. Sílvia. Talita. Úrsula. Vanessa. Wanda. Xênia. Yara. Zuleika. ( observação nomes eleatororios representam sagrado feminino)
Cada nome: um ponto. Cada ponto: um sopro. Cada sopro: um universo.
E assim a leitura termina. Mas o manto… continua a ser tecido.
Poesia Performática / Ritualística / caráter místico, espiritual, coletivo, quase como um canto ou encantamento. Sagrado feminino....
"A leitura é guiada pelo olhar subjetivo de quem lê, sendo interpretada de formas diversas conforme suas crenças, limitações e experiências. Por isso, um mesmo texto pode conter múltiplos significados."
Isso que foi escrito não é doutrina, nem verdade encerrada..... É apenas um ponto de vista simbólico, entre tantos talvez atemporal, ou ilusório..... perfil da página aborda todos os tipos de assuntos ( sem pautas de defesas )
Essa escrita não liberta nem prende, cada ser humano é livre para fazer escolhas.....mas propõe uma costura entre dentro e fora.... verdade? pergunta? escolha? imposição?
A escrita é mais ESPELHO do que BANDEIRA ______ aqui não se defende, nem ataca_________ se você chegou até aqui, respire fundo, coração aberto, então desarme-se e sinta.....
É isso
Elixandra(costura pensamento filosófico)
Enviado por Elixandra(costura pensamento filosófico) em 08/06/2025
Alterado em 08/06/2025 Copyright © 2025. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |