![]() 🪡 BARALHO DA ALMA MASCULINA: costuras do silêncio (parte 02)Na mesa escura, as cartas são dispostas como espadas de papel.... Não são reis nem generais que as leem. São três homens. Três arquétipos. Três vozes de um só ser.
O HOMEM QUE CALA ESTALA OS DEDOS.... O HOMEM QUE FOGE OBSERVA O CHÃO.... O HOMEM QUE DESPERTA ACENDE UM FOGO IMAGINÁRIO....
Eles não falam muito. Mas cada carta vira um espelho, cada linha, uma cicatriz que pulsa em silêncio.
Carta 1 <–> O Silêncio Hereditário Ele aprendeu a não chorar antes mesmo de saber andar. O choro lhe foi negado. A dor, embrulhada em frases feitas: “Homem não sente.” “Engole.” “Finge que tá tudo bem.”
>< O Homem Que Cala murmura: “Aprendi a sofrer calado. Mas meu corpo se lembra.”
Carta 2 <–> O Peso da Força Sempre lhe disseram: “Seja forte.” Mas não contaram o custo. Seu ombro virou suporte, mas sua alma rachou por dentro.
>< O Homem Que Foge diz: “Tanta força… e eu só queria descanso.”
Carta 3 <–> O Sexo que Silencia Ensinado a tomar, mas não a tocar. A conquistar, mas não a sentir. O desejo virou descarga, não encontro. Ele goza, mas não chega. Sente, mas não sabe nomear.
>< O Homem Que Desperta ergue os olhos: “Meu corpo também é templo. E merece ritual.”
Carta 4 <–> A Espada da Raiva A raiva é a única emoção permitida. E por isso, explode. Ou adoece. Ou vira muralha entre ele e os outros.
>< O Homem Que Cala aperta o punho: “Minha raiva é saudade de chorar.”
Carta 5 <–> A Armadura do Dinheiro Trabalhar. Prover. Agir. Ele veste a armadura de quem resolve tudo. Mas ninguém pergunta se ele sonha. Ou se tem medo. Ou se está cansado de carregar tudo nas costas.
> O Homem Que Foge fecha os olhos: “O preço do meu sustento é meu sumiço.”
Carta 6 <–> O Pai Que Não Veio Seu pai talvez estivesse ausente. Ou presente demais / duro como pedra. E agora ele tenta ser homem sem espelho. Ser pai sem manual. Ser ele mesmo sem saber o que isso é.
>< O Homem Que Cala chora sem lágrima: “Procuro um pai dentro de mim.”
Carta 7 <–> A Luz Escondida Ele tem poesia. Tem intuição. Tem um lado que dança, que sente, que quer colo. Mas foi treinado para sufocar tudo isso. Agora..… começa a voltar.
>< O Homem Que Desperta sorri como menino: “Estou aprendendo a costurar minha alma sem medo.”
Epílogo <–> O Retalho do Sagrado Masculino
As cartas viram cinzas. Mas algo fica. A presença dos homens que ousaram olhar para si.
Os nomes aparecem no escuro, como brasas:
Arthur. Bruno. Caio. Daniel. Eduardo. Felipe. Guilherme. Hugo. Ícaro. João. Kleber. Lucas. Marcelo. Nathan. Otávio. Pedro. Rafael. Samuel. Tiago. Ulisses. Vinícius. Wagner. Xavier. Yuri. Zaqueu. ( observação nomes aleatórios representam sagrado masculino)
Cada nome: uma ferida. Cada ferida: uma porta. Cada porta: uma chance de retorno ao coração.
E o baralho masculino termina. Mas a cura..… começa agora.
Poesia Performática / Ritualística /caráter místico, espiritual, coletivo, quase como um canto ou encantamento. Sagrado Masculino.
"A leitura é guiada pelo olhar subjetivo de quem lê, sendo interpretada de formas diversas conforme suas crenças, limitações e experiências. Por isso, um mesmo texto pode conter múltiplos significados."
Isso que foi escrito não é doutrina, nem verdade encerrada..... É apenas um ponto de vista simbólico, entre tantos talvez atemporal, ou ilusório.... Perfil da página aborda todos os assuntos ( sem pautas de defesas)
Essa escrita não liberta nem prende, cada ser humano é livre para fazer escolhas.... Mas propõe uma costura entre dentro e fora.... Verdade? Pergunta? Escolha? Imposição?
A Escrita é mais ESPELHO do que BANDEIRA ______aqui não se defende, nem se ataca _______se você chegou até aqui, respire fundo, coração aberto, então desarme-se e sinta....
É isso Elixandra(costura pensamento filosófico)
Enviado por Elixandra(costura pensamento filosófico) em 08/06/2025
Alterado em 08/06/2025 Copyright © 2025. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |