Elixandra cardoso, costura pensamento

"Tecendo silêncios e sentidos entre fios e pensamentos"

Textos


"O Fantasma no Código: por que a crítica à Inteligência Artificial revela mais sobre quem escreve do que sobre a própria máquina"

 

Desde que Alan Turing, em 1950, propôs o teste que hoje carrega seu nome, a humanidade vem tentando responder a uma pergunta incômoda: pode uma máquina pensar? A questão não é apenas técnica, é existencial. Ela coloca o dedo na ferida do nosso orgulho biológico. Afinal, se uma máquina escreve, raciocina e até emociona / onde fica o lugar sagrado da alma humana? 

 

Curiosamente, os que mais utilizam ferramentas de Inteligência Artificial são, não raro, os primeiros a desdenhá-las. Dizem que o texto gerado “não tem alma”, “carece de sentimento”, “é frio como uma planilha de Excel”. Mas, se pensarmos bem: será que é mesmo a máquina que falta sensibilidade / ou seria o usuário que não soube tocá-la com humanidade? Um piano não toca sozinho, e um poema vazio não é culpa do teclado.....

 

O problema, talvez, não esteja em usar a IA, mas em usá-la sem espírito. Como bem pontua Sherry Turkle, em Alone Together (2011), “a tecnologia nos seduz com a ilusão de companhia sem a exigência da intimidade”. E não é essa justamente a armadilha em que caem os que negam a força de um texto bem estruturado por IA? Um texto não é apenas o que diz / mas como diz. E um “como” mal-ajustado denuncia mais o condutor do que a engrenagem.

 

Criticar a inteligência artificial pelo que ela não é (humana, sensível, espiritual) é esquecer que ela não foi criada para ser. Seu papel não é substituir, mas potencializar. Não é ter alma, mas servir à nossa. A crítica honesta deveria, portanto, inverter a pergunta: não é mais grave usar um instrumento poderoso de forma preguiçosa do que usar com inteligência uma ferramenta mecânica?

 

Quem escreve com IA mas nega seu uso geralmente se revela por onde mais queria esconder-se: na falta de estrutura, na ausência de uma progressão lógica que interligue ideias como vértebras de uma coluna argumentativa. É o texto que tropeça na própria perna, sem ritmo, sem fôlego, jogado ao vento como um bilhete sem destinatário. A metáfora, quando aparece, parece colada com fita adesiva: artificial não pela origem, mas pela execução.

 

Ao contrário, o uso consciente da IA exige domínio da máquina e da linguagem / como quem monta num cavalo selvagem e, em vez de ser arrastado, cavalga. A IA bem usada não rouba a autoria: revela a intenção. Permite que a estrutura brilhe mais do que o brilho oco do exibicionismo. Um parágrafo leva ao outro como se houvesse um fio invisível de raciocínio, conduzindo o leitor não pelo susto, mas pela elegância da lógica.....

 

E se ainda resta alguma dúvida sobre se isso é “menos humano”, talvez seja o caso de perguntar: o que torna um texto digno? Sua origem ou seu impacto? A alma, se existe no texto, não se mede pela origem do código, mas pelo destino que provoca no outro.

 

Porque, afinal, um poema pode nascer de um coração ou de um algoritmo / mas só será poema se fizer o leitor sentir que está vivo.....

 

E aqui entra o que precisa ser dito sem rodeios:"Sem Alma ou Sem Estrutura? Uma crítica ao uso negado da inteligência artificial"

 

... Dizem: “falta alma”, “não tem sentimentos”, “é fria”. A crítica não está, portanto, na ferramenta em si, mas em um certo desconforto que ela provoca. Afinal, se a máquina escreve / o humano ainda é autor?

 

Mas há algo essencial que muitos esquecem: alma não é algo que brota do silício. Não se trata de esperar que o ferro tenha sentimentos ou que o código tenha compaixão. O que se exige da IA não é coração, mas coerência interna, estrutura argumentativa, eventos, datas, autores, organização de parágrafos,que se interligam com progressão lógica, assim tornando uma linguagem com ideias e formas conscientes, formulando situações com perguntas dentro do próprio texto, analisado que não é o conteúdo em sim que chama a atenção mais o ritmo e a estrutura....dando força vocabulária uso de metáforas coerentes com a proposta envolvendo uma certa ironia com classe ao texto assim o verbo ganha estrutura clareza de raciocínio. E, nesse aspecto, ela cumpre seu papel com mais disciplina do que muito autor vaidoso.....

 

A inteligência artificial pode ser / e muitas vezes é / uma poderosa aliada do pensamento crítico.....ela nos obriga a sair do achismo e entrar no domínio da formulação. Um texto escrito com IA não é automaticamente sem alma / ele será vazio apenas se for mecanizado sem intenção. Como qualquer forma de  escrita que se faça fora das máquinas

 

Autores como Nick Bostrom, em Superintelligence (2014), já alertavam que o poder da IA não está apenas em sua capacidade de executar, mas em nossa capacidade de entender o que ela está nos devolvendo. E isso exige uma postura ativa argumentativa. É por isso que fazer cursos sobre IA é não apenas inteligível, mas necessário. Conhecer os bastidores, as manobras, as engrenagens por trás da tela não é um luxo / é uma urgência....

 

Porque, sejamos francos: os dias caminham, a passos grandes, para um uso cada vez mais abrangente / e muitas vezes silencioso / da inteligência artificial.  Ao invés de criticar textos por “não terem alma” (arriscar os cursos na área é viável). Enquanto se ignora a alma da estrutura textual é o mesmo que reclamar do som de um violino sem nunca ter tocado suas cordas. Há quem critique a IA e, por isso mesmo, fique para trás. Lamento ou parabenizo? Depende do leitor.....

 

Dessa forma, usamos a máquina a nosso favor / ela nos serve, não o contrário. Mantemos o domínio da IA com consciência e intenção. Textos que negam esse uso/ mais usam, soam como folhas soltas ao vento: sem estrutura, sem anexo, apenas mecanizados. Ao invés de apenas criticar, corra: comece a estudar. A IA já está em domínio. Quem não entender isso, será dominado / não pela máquina, mas pela própria ignorância....

 

 

ensaio explicativo e crítico, discute o uso da inteligência artificial na escrita e critica aqueles que usam, mas negam, argumentando que “falta alma”. A tese é que o problema não está na máquina, mas no mau uso dela / e que o conhecimento e o domínio consciente são o verdadeiro diferencial./ Tema e Tese Clara/, Estrutura com Progressão Lógica/, uso de Metáforas / e Ironia /com Classe/, Argumentação/ Crítica /e Citações,/Tom Mecânico-Consciente./ Observação (A estrutura com introdução, desenvolvimento e conclusão é fundamental no ensaio e em alguns tipos de texto argumentativo e explicativo, mas não é obrigatória para todas as formas literárias.....Poesia, crônica e prosa poética = mais livres, subjetivas, podem romper com a lógica tradicional....embora precise formas  com consciência....

 

 

Uma  reflexão 

 

"Foi o próprio ser humano quem alimentou a internet com textos, ideias e informações. A inteligência artificial apenas capta, organiza e reproduz o que os próprios humanos colocaram ali. Ela não cria do nada / ela reflete o que já está disponível." Toda palavra que ela escreve já existia na boca, na mente ou na pena de um ser humano. Ela não pensa: ecoa. Não inventa: recompõe. 

 

"Curioso criticar a IA por repetir o que já foi dito, quando quem escreveu tudo o que está na internet...... fomos nós. A máquina não tem alma / mas ela também não tem culpa."

 

"A inteligência artificial não inventou os textos: apenas vasculha o que nós mesmos deixamos espalhado pela rede. Acusá-la de falta de originalidade é esquecer que o espelho só reflete o rosto que está diante dele." Então a alma já existe, a máquina reproduz...

 

"A leitura é guiada pelo olhar subjetivo de quem lê, sendo interpretada de formas diversas conforme suas crenças, limitações e experiências. Por isso, um mesmo texto pode conter múltiplos significados."...

 

 

É isso....

 

Elixandra (costura pensamento filosófico)
Enviado por Elixandra (costura pensamento filosófico) em 26/06/2025
Alterado em 05/07/2025
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