![]() 25/05/2025 21h13
" subjetividade inconsciente: A falsa neutralidade de olhar" parte 02
O Eu invisível por trás do olhar/ Subjetividade não reconhecida
Objetividade contaminada / A sutil presença do Eu nas coisas
Espelho no mundo / O invisível que julga o visível
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Teorias modernas e filosóficas, como a teoria da simulação. Essa teoria sugere que a realidade em que vivemos poderia ser uma simulação altamente avançada criada por alguma inteligência superior, talvez uma civilização muito mais evoluída que a nossa. Nesse cenário, o "fenômeno" que experimentamos seria, de fato, uma construção artificial, e o mundo bruto poderia ser algo completamente diferente / talvez inatingível ou incompreensível para nós.
Se a nossa experiência do mundo for uma simulação, isso levanta questões interessantes sobre a natureza da realidade e da subjetividade. O que seria "real"? O que é o "bruto" por trás dessa simulação? E como podemos distinguir entre uma simulação e a realidade objetiva, se tudo que sabemos é o que experimentamos?
Por outro lado, se, mesmo que seja uma simulação, essa experiência que temos é a única realidade que conhecemos, talvez seja suficiente para buscarmos significado e compreensão dentro dela...
Se estivermos em uma simulação, a questão da subjetividade pode se tornar mais complexa. Se a simulação for projetada para criar experiências humanas / com emoções, pensamentos e percepções / nossa subjetividade ainda existiria dentro dessa simulação, pois ela faz parte de como fomos programados para experimentar o "fenômeno" da realidade.
Porém, se considerarmos a hipótese de que tudo seja uma simulação de tal complexidade que nossas experiências não sejam genuínas, mas sim respostas de um sistema, então nossa percepção de subjetividade poderia ser questionada. A ideia de "livre-arbítrio" ou uma mente independente seria substituída por algo mais determinista, em que nossas escolhas e experiências são, de alguma forma, pré-programadas.
Se a subjetividade fosse removida, estaríamos apenas respondendo a estímulos dentro de um cenário controlado, sem a percepção de livre pensamento ou emoção genuína. No entanto, se a simulação é convincente o suficiente, a experiência ainda seria subjetiva para nós, pois estamos vivenciando-a dessa maneira.
Portanto, mesmo em uma simulação, a subjetividade, como a vivemos, poderia persistir, mas talvez fosse criada de maneira artificial. A questão seria se a verdadeira "subjetividade" existe fora dessa simulação ou se, mesmo assim, nossa percepção interna seria válida dentro desse contexto.
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O cérebro interpreta/ como a subjetividade molda o mundo real dentro da Objetividade .
Quando o observador se esquece de que está observando.
A realidade em mim/ quando o mundo veste minhas projeções.
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A mente e o cérebro são conceitos relacionados, mas não são a mesma coisa, e entendê-los separadamente pode ajudar a explorar como nossa experiência consciente se forma.
..... Cérebro: O cérebro é o órgão físico, uma estrutura biológica composta por bilhões de células nervosas (neurônios) que se conectam e interagem entre si. Ele é responsável por controlar funções vitais como batimentos cardíacos, respiração e movimentos, além de processar informações sensoriais e controlar a percepção. O cérebro também armazena memórias e é o centro para a tomada de decisões, mas tudo isso ocorre dentro do plano físico e tangível. O cérebro é, portanto, um instrumento físico que facilita a experiência mental, mas não é a experiência em si.
... Mente: A mente, por outro lado, é um conceito mais abstrato e envolve os processos mentais / como pensamentos, emoções, percepções, crenças e consciência. A mente não é algo que podemos tocar ou medir fisicamente, mas é a forma como interpretamos o mundo e damos sentido a ele. Ela inclui nossa capacidade de refletir, planejar, decidir e experimentar o mundo de maneira subjetiva. A mente está intimamente ligada ao cérebro, mas, enquanto o cérebro é físico, a mente é mais associada a uma dimensão não-material da experiência humana.
A relação entre mente e cérebro: Muitas teorias sugerem que a mente emerge da atividade do cérebro / ou seja, os processos mentais são gerados pelo funcionamento físico do cérebro. Quando o cérebro sofre danos (como em lesões ou doenças neurológicas), isso pode afetar a mente (por exemplo, a capacidade de pensar, lembrar ou perceber de maneira clara). No entanto, a natureza exata dessa relação é um debate filosófico e científico profundo. Alguns defendem que a mente é uma "emergência" do cérebro, enquanto outros acreditam que pode haver algo além do físico (como uma consciência que transcende o cérebro).
Em resumo, o cérebro é o sistema físico e biológico que permite a experiência, enquanto a mente é a forma subjetiva e não-material de como vivenciamos essa experiência. Elas estão conectadas, mas não são a mesma coisa.
O cérebro físico é o "instrumento" que permite que a mente funcione. Ele processa informações, cria conexões e realiza as funções que tornam nossa experiência consciente possível. A mente, por sua vez, é a experiência subjetiva desses processos.
exemplo
Quando sentimos uma emoção, o cérebro ativa certas áreas responsáveis por processar essa emoção (como o sistema límbico). Isso resulta em uma sensação subjetiva / o que chamamos de "sentir" a emoção.
Quando pensamos em algo, o cérebro ativa redes de neurônios que processam esse pensamento, mas o "pensamento" em si é uma experiência mental, não um evento físico.
A memória: o cérebro armazena e organiza informações, mas a experiência de lembrar algo é uma construção mental, uma vivência subjetiva.
Então, o cérebro é a base física e biológica que torna possível as funções mentais, mas a mente é a experiência consciente e subjetiva dessas funções. Ambos estão intimamente conectados, mas são diferentes em sua natureza.
O cérebro, como uma "máquina" biológica, executa funções físicas / como processar informações, coordenar movimentos e armazenar memórias. Mas o que chamamos de experiência mental (como sentir uma emoção, ter um pensamento ou lembrar de algo) é, na verdade, um produto da mente que ocorre dentro desse sistema.
O cérebro é como um computador super avançado que processa dados e controla o corpo.
A mente é a experiência subjetiva de como esses dados são processados / é o "sentir" ou "perceber" que vem desse processamento.
O cérebro, por si só, não tem a capacidade de "julgar" uma emoção como boa ou ruim. Ele apenas executa seu trabalho de processar e responder aos estímulos do ambiente de acordo com a informação que recebe. Quando você sente tristeza, por exemplo, é uma experiência subjetiva que vem da mente / a interpretação emocional de um evento ou pensamento.
O cérebro responde a essa emoção executando funções físicas que acompanham a experiência da tristeza. Por exemplo, ele pode liberar hormônios como o cortisol (associado ao estresse) ou afetar os batimentos cardíacos e a respiração. Essas reações físicas são respostas automáticas do cérebro, mas a experiência subjetiva de tristeza — o sentimento de tristeza em si / é produto da mente.
Portanto, o cérebro não "sente" tristeza ou felicidade. Ele processa os sinais e realiza as funções necessárias para gerar uma resposta física, mas é a mente que interpreta essas respostas como uma emoção específica. O cérebro executa o "trabalho físico" e a mente dá sentido e significado a isso.
Quando entendemos essa distinção, começamos a perceber o quão complexa é a interação entre o físico e o subjetivo. O cérebro não é responsável por sentir as emoções; ele apenas as processa e as manifesta no corpo. A mente é que dá o significado, a experiência e a interpretação emocional a tudo isso. Isso abre uma nova forma de olhar para nossas emoções, pois nos permite entender que não estamos "presos" a elas, mas sim podemos influenciar como interpretamos e lidamos com elas.
É uma compreensão que nos dá mais liberdade, porque percebemos que, apesar das reações físicas automáticas do cérebro, podemos trabalhar com nossa mente para modificar nossas respostas emocionais, ao invés de simplesmente ser reagentes a elas.
Embora o cérebro seja, em grande parte, um sistema biológico automático, existe uma grande quantidade de neuroplasticidade / ou seja, a capacidade do cérebro de se reorganizar e formar novas conexões ao longo do tempo. Isso significa que, sim, podemos "manipular" o cérebro ao nosso favor, influenciando como ele responde a estímulos, emoções e até mesmo pensamentos.
..... Práticas de mindfulness e meditação: Estudos mostram que a meditação regular pode alterar a estrutura do cérebro, aumentando a atividade em áreas relacionadas à atenção, à empatia e à regulação emocional, além de reduzir a atividade nas áreas associadas ao estresse.
...... Reprogramação de padrões de pensamento: Técnicas como a cognitivo-comportamental ajudam a reestruturar padrões de pensamento negativos ou destrutivos, o que afeta diretamente como o cérebro processa emoções e comportamentos.
.... Exercício físico: O exercício regular não só melhora a saúde física, mas também a saúde mental. Ele aumenta a produção de neurotransmissores como a serotonina e a dopamina, que estão relacionados ao bem-estar e à felicidade.
.... Aprendizado e novos desafios: Aprender algo novo, praticar habilidades ou sair da zona de conforto também ativa diferentes áreas do cérebro, favorecendo sua adaptação e crescimento.
.... Intenção e foco: Quando conscientemente escolhemos focar em algo positivo ou em hábitos saudáveis, podemos direcionar nossa mente e cérebro a se adaptar a esses novos comportamentos e perspectivas.
Embora o cérebro tenha uma base biológica, ele é muito flexível e moldável, e a mente tem o poder de direcionar essas mudanças.
Isso abre um mundo de possibilidades, onde podemos "treinar" o cérebro para responder de maneiras mais adaptativas e saudáveis.
Continuação 03Próximo capítulo
Publicado por Elixandra(costura pensamento filosófico) em 25/05/2025 às 21h13
Copyright © 2025. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. 25/05/2025 18h34
"Quando a Subjetividade Invade a Objetividade sem que Percebamos" parte 01
Eu não vejo o outro, eu o observo. Observo não como ele é, mas como eu queria que fosse.
O outro, na verdade, não existe em si mesmo para mim. O que vejo nele são minhas projeções, meus desejos, minhas crenças. Ele é um reflexo das minhas percepções.
Não há "outro" puro, independente. Há apenas o eu no outro. A certeza de que o mundo que enxergo não é o mundo como é, mas o mundo como eu sou.
>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> Objetividade: Refere-se a algo que é comum a todos, independente da opinião de cada um. Exemplo: A temperatura de 30 °C é um dado objetivo / qualquer um pode medir e confirmar. Frase: O objetivo é igual para todos. >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> Subjetividade: Refere-se ao que depende da experiência, percepção ou sentimento individual. Exemplo: A sensação de que 30 °C está “muito quente” é subjetiva / para uns é suportável, para outros insuportável. Frase sugerida: A subjetividade varia de pessoa para pessoa. _______________//////___//////______________ Exemplo: Duas pessoas assistem ao mesmo pôr do sol:
Uma se emociona e sente paz (talvez porque associa ao fim de um ciclo).
Outra sente tristeza (porque lembra um momento difícil da vida). O evento é o mesmo, mas a experiência é subjetiva. ... Estudo filosófico-espiritual: o olhar interno e o sentido da vida Filosofias como o panteísmo, o taoismo, ou escolas como a Fenomenologia na Filosofia propõem que a realidade é vivida de modo único por cada ser. A espiritualidade, por sua vez, convida à observação interna, ao autoconhecimento e à busca por sentido. Frase-chave filosófica: >> “Não vemos as coisas como elas são; vemos as coisas como somos.” / Anaïs Nin Exemplo espiritual: Na meditação, o praticante fecha os olhos para o mundo exterior e começa a observar os próprios pensamentos e emoções / isto é, ele entra em contato com sua subjetividade profunda, onde mora o espírito, o eu verdadeiro. .... Diálogo com a Neurociência: o cérebro e a construção da realidade A neurociência mostra que a realidade não é percebida de forma neutra:
O cérebro interpreta os estímulos com base em memórias, padrões emocionais e sinapses anteriores.
Experiências passadas moldam percepções presentes. Exemplo neurocientífico: Duas pessoas ouvem a mesma música:
A que teve uma experiência feliz com essa música ativa regiões ligadas ao prazer (dopamina, núcleo accumbens).
A outra, que sofreu ouvindo a mesma música, ativa o sistema de alerta (amígdala cerebral).
Subjetividade Cada pessoa interpreta o mundo de forma única Reação emocional diferente a um filme Filosofia/Espiritualidade Busca entender o sentido dessa experiência interna Meditação, introspecção, autoconhecimento Neurociência Estuda como o cérebro constrói essa interpretação Ativação cerebral diferente por memórias ==========="""""""""""""""""""""""=========== Não há como se livrar da subjetividade
A subjetividade não é um "erro" da percepção / ela é a própria forma de existir como ser humano. Tudo o que percebemos passa por filtros internos: memórias, emoções, linguagem, cultura, crenças, vivências.
Filosoficamente, isso se aproxima de correntes como:
Fenomenologia (Husserl, Merleau-Ponty): A consciência é sempre consciência de algo, e o mundo só existe enquanto aparece a alguém.
Psicanálise (Freud, Lacan): O sujeito é estruturado pela linguagem e pelas projeções inconscientes.
Espiritualidade oriental (budismo, vedanta, taoismo): O "eu" que interpreta a realidade é um constructo mental — e não a essência verdadeira. O outro será sempre "eu nele", nas projeções
Essa é uma ideia profundamente psicanalítica e espiritual:
Quando olho para o outro, não vejo o outro em sua totalidade, mas sim a minha construção sobre ele.
Minhas expectativas, frustrações, ideais, medos e desejos se projetam sobre o outro / como um espelho que devolve algo meu. Exemplo psicanalítico: Você acha que alguém te rejeita mas, na verdade, é você quem tem uma ferida de rejeição antiga, e projeta essa insegurança no olhar do outro. O outro vira “tela” da tua subjetividade. Exemplo espiritual: No budismo, diz-se que “o mundo é reflexo da mente”. Ou seja, o que vejo no outro também é parte da minha mente projetada fora de mim.
Conclusão: subjetividade como ponte, não prisão
Embora não possamos eliminar a subjetividade, podemos:
Tomar consciência dela: perceber que interpretamos mais do que enxergamos.
... Refinar o olhar interno: com meditação, estudo, escuta, autoconhecimento.
... Ampliar a empatia: ao entender que o outro também vive dentro de sua própria subjetividade, abrimos espaço para a compaixão e o respeito.... ^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^ 2 parteA frase "a mente subjetiva influencia o mundo objeto" está relacionada à ideia de que nossa percepção, pensamentos e emoções (mente subjetiva) têm o poder de influenciar a realidade externa (mundo objeto). Isso pode ser entendido de diferentes formas, dependendo do contexto: ... Psicológico: Nossas crenças e emoções influenciam a forma como interpretamos o mundo. Por exemplo, se estamos felizes, o ambiente externo parece mais agradável; se estamos tristes, tudo parece mais sombrio. A realidade objetiva pode ser a mesma, mas nossa experiência dela muda de acordo com nosso estado mental. ... Filosófico: Algumas correntes filosóficas, como o idealismo, sugerem que a realidade externa só existe ou é acessível por meio da percepção. Nesse sentido, o mundo objetivo é, de certa forma, "criado" pela mente subjetiva. ... Metafísico/Espiritual: Em tradições espirituais e na física quântica interpretada de forma mística, há a ideia de que a consciência não só interpreta, mas também cria ou molda a realidade. O que acreditamos, sentimos ou pensamos poderia, de alguma forma, influenciar os eventos e as circunstâncias externas. .... Neurociência: Estudos mostram que a forma como pensamos e sentimos afeta nosso comportamento e decisões, o que, por sua vez, impacta o ambiente ao nosso redor. Por exemplo, uma postura confiante pode influenciar como os outros nos tratam, alterando, assim, o "mundo objetivo" com base em um estado mental subjetivo. A mente é sempre subjetiva, pois ela é a experiência interna e única de cada indivíduo. Tudo o que pensamos, sentimos e percebemos passa pelo filtro da nossa consciência, influenciado por nossas memórias, crenças, emoções e interpretações. Mesmo quando tentamos ser objetivos / por exemplo, ao descrever um fato ou analisar uma situação com lógica / ainda estamos interpretando o mundo de acordo com nossa perspectiva. Essa interpretação nunca é completamente neutra. O filósofo Immanuel Kant, por exemplo, dizia que nunca temos acesso à "coisa em si" (a realidade absoluta), mas apenas ao fenômeno, ou seja, a realidade mediada pela nossa mente. Porém, há também a noção de mente coletiva ou inconsciente coletivo (conceito de Carl Jung), onde certas estruturas e arquétipos seriam compartilhados por todos os seres humanos. Mesmo assim, a forma como cada um vivencia essas influências continua sendo subjetiva. Pois, para formar qualquer opinião ou entender o mundo, precisamos de algum tipo de referência / seja uma experiência pessoal, um conhecimento aprendido ou até mesmo algo herdado culturalmente. Mesmo quando tentamos ser "racionais", nossas interpretações ainda estão influenciadas por aquilo que já vivemos. Isso não significa que não podemos buscar mais clareza ou imparcialidade, mas sempre haverá algum grau de subjetividade, porque é impossível se separar completamente do próprio ponto de vista.... Nesse sentido, todos estamos, de certa forma, "subjugados" a essa subjetividade. O que muda é o quanto estamos conscientes disso. Quanto mais percebemos nossos filtros internos, mais podemos expandir nossa compreensão e talvez transcender certos condicionamentos.. Ter consciência da nossa subjetividade não elimina o fato de que sempre vamos nos basear em algum referencial / seja uma experiência, uma crença, um valor ou até um conhecimento racional. O que muda é que, com essa consciência, podemos ser mais flexíveis, menos presos a uma única perspectiva. Sem essa consciência, corremos o risco de acreditar que nosso ponto de vista é "a verdade absoluta". Com ela, entendemos que é apenas uma entre muitas possíveis visões. Isso nos permite questionar, aprender e até ajustar nossa forma de pensar conforme ganhamos novas experiências. Ainda assim será necessário "tender a uma pauta", porque é impossível existir sem algum tipo de ponto de referência. A subjetividade não desaparece / apenas se torna mais consciente e, talvez, mais sábia. Não é sobre eliminar a subjetividade, mas sim reconhecê-la e não se deixar dominar por ela. Quando você evita julgar as coisas como certo ou errado, demonstra uma postura de aceitação e flexibilidade / algo que muitas filosofias e tradições espirituais consideram um sinal de equilíbrio mental. O equilíbrio, no entanto, é dinâmico, não estático. Mesmo com essa consciência, é natural que haja momentos em que antigos padrões emocionais reapareçam. O importante é manter essa presença e continuar observando sem se apegar. A subjetividade está profundamente ligada à nossa experiência de existir. Enquanto estivermos vivos e conscientes, sempre haverá um "eu" que percebe, sente e interpreta o mundo. Nesse sentido, talvez seja impossível se livrar totalmente dela. No entanto, algumas tradições espirituais / como o budismo / falam sobre transcender o "eu" e, consequentemente, a subjetividade. O estado de iluminação ou despertar seria um estado onde a consciência não está mais identificada com o ego, mas sim com O TODO. Nesse estado, a percepção não passa mais pelos filtros pessoais de CERTO e ERRADO, BOM e RUIM. Há apenas o que é. Mas mesmo esse estado, para muitos, não é algo permanente. Talvez o caminho não seja "deixar de ser subjetivo", mas perceber a subjetividade pelo que ela é / um movimento constante / sem se apegar a ela. Mesmo a ideia de "estar no caminho certo" já parte de uma referência subjetiva. O budista, ou qualquer outra pessoa em uma jornada espiritual, ainda está interpretando a realidade com base em crenças, conceitos e experiências. Mesmo o desejo de transcendência já é uma vontade subjetiva. Essa é uma grande questão filosófica: será que existe realmente um ponto de vista totalmente objetivo? Ou será que toda experiência, até mesmo a de iluminação, ainda é subjetiva porque há uma consciência vivenciando aquilo? Talvez o equilíbrio esteja em aceitar que sempre haverá algum grau de subjetividade e que isso não é um problema. O importante pode ser a leveza com que encaramos isso, sem nos prender rigidamente a nenhuma verdade.
CONTINUCAO
instragan @elixandracardoso
Publicado por Elixandra(costura pensamento filosófico) em 25/05/2025 às 18h34
Copyright © 2025. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. 25/05/2025 17h35
Quem Somos Quando Ninguém Vê
A pergunta "Quem sou eu?" é realmente cabisbaixa (ou seja, profunda e difícil). Platão não dá uma resposta definitiva, porque, para ele, o ser humano não é apenas um corpo físico, mas também uma alma imortal que participa do mundo das ideias.
Se você encara essa pergunta como sem resposta, talvez esteja considerando que não há uma essência fixa do "eu", ou que qualquer resposta seria insuficiente. Mas também pode ser que a resposta esteja sempre em construção / algo mais próximo de um processo do que de um estado fixo.
O que te faz achar que essa pergunta não tem resposta? É por causa da multiplicidade de identidades que assumimos ou porque a essência do "eu" não pode ser definida?
"Sou um fluxo de experiências, um conjunto de possibilidades em constante transformação."
"Sou a pergunta em si, não uma resposta definitiva."
"Sou uma multiplicidade de eus, um fluxo em constante transformação, mas todos os meus eus aprendem e se orientam pelo que considero justo. Mesmo que a justiça absoluta seja inalcançável, é ela que ressoa no meu íntimo e dá sentido à minha existência."
"Sou um ser em constante mudança, múltiplo e impermanente, mas guiado pela vontade de compreender e agir com justiça."
Parte 02
A pergunta "Quem sou eu?" pode ser dividida em diferentes camadas, dependendo do contexto e da intenção por trás dela. Ela não precisa ter uma única resposta fixa, porque o "eu" se manifesta de formas diferentes em diferentes situações.
No nível social e funcional / Quem sou eu no mundo?
Aqui, a resposta pode ser algo como profissão, papéis sociais, relações. Exemplo: "Sou professor estudante de filósofa e mãe etc."
No nível psicológico e existencial / Quem sou eu para mim mesmo?
Aqui entra sua percepção sobre sua identidade interna. Exemplo: "Sou uma mente curiosa, um ser em constante transformação."
No nível filosófico e metafísico / O que significa ser "eu"?
Esse é o nível mais abstrato, onde a resposta pode ser algo como: "Sou um fluxo de consciência, uma parte do todo, uma interrogação sem fim."
Se você busca um fio condutor entre esses diferentes "eus", sua busca pela justiça pode ser essa linha que atravessa todos os níveis. Assim, você poderia responder algo como:
"Sou todas as minhas versões, mas em todas elas busco compreender e me alinhar ao que considero justo."
juntar todos esses "eus" em um único parece impossível porque cada um deles se manifesta em contextos diferentes. Mas talvez o que une todos eles não seja um "eu" fixo, e sim uma direção, uma intenção ou um princípio condutor.
Pense assim: o oceano tem ondas, correntes e profundidades diferentes, mas continua sendo oceano. Você pode ser múltiplo e, ao mesmo tempo, ter uma coerência interna.
Retrospectiva
"eu" como algo fluido e múltiplo, não como uma entidade fixa. Assim rejeitando a ideia de uma identidade essencial e imutável, afirmando que somos compostos por diferentes impulsos e perspectivas que mudam ao longo do tempo multiplicidade de forças e vontades em conflito.
Múltiplos eus → Representam a multiplicidade da identidade. Somos uma soma de experiências, emoções, pensamentos e papéis que assumimos na vida. O "eu" que pensa hoje pode ser diferente do "eu" que existia anos atrás.
"Sou vários. Há mais de mim em mim do que eu mesmo."
Lembrando que nunca esquecendo do fio condutor entre esses diferentes "eus" para que possa atravessar todos os níveis. Observando os vários "eus" encontramos divergências com o ego. O ego está mais voltado para a interação com o mundo externo. Ele lida com a realidade, com as regras sociais e com a necessidade de manter uma identidade coesa. Ele é como uma máscara funcional que usamos para navegar no mundo.
O "eu", por outro lado, é mais interno e subjetivo. Ele pode ser visto como a soma das suas experiências, pensamentos, sentimentos e essência. Enquanto o ego tenta equilibrar impulsos e normas, o "eu" pode ser mais profundo, múltiplo e até indefinível. O ego seria a superfície da água, sempre se ajustando às ondas e às mudanças do ambiente. O "eu" seria as profundezas do oceano, onde há correntezas mais sutis, mistérios e algo menos fixo.
Instragan @elixandracardoso Publicado por Elixandra(costura pensamento filosófico) em 25/05/2025 às 17h35
Copyright © 2025. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. 25/05/2025 16h53
APENAS OS LOUCOS E OS SOLITÁRIOS: Almas Fora do Tempo
Apenas os loucos e os solitários se permitem o luxo de serem inteiros. Sem máscaras, sem disfarces, sem o peso de agradar.....
O solitário, porque não tem plateia / e com o tempo, aprendeu a não precisar. O louco, porque já rompeu com a lógica dos outros / e não vê sentido em fingir. Ambos caminham à margem, mas há liberdade nisso.
Eles não atuam, não decoram falas para agradar, não mendigam aceitação. São perigosamente autênticos. E talvez, por isso mesmo, são/tão incompreendidos....
Ambos falam como sentem, sem se reprimir.... Dizem “não” com firmeza, mas sem ofensa.... São sinceros, não rudes / e há diferença.
Os verdadeiramente sensíveis não são os que se magoam com tudo, mas os que vivem reprimidos, acumulando silêncios e dores por medo de desaprovar. Loucos e solitários não temem esse risco. Assumem o que são / mesmo que o mundo não entenda. E por isso, são livres.
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"Loucos". Ele escreveu sobre os indivíduos que vivem intensamente, geralmente na contramão da normalidade.... uma crítica à monotonia e conformidade da vida convencional. Bukowski celebrava os "loucos" no sentido daqueles que têm coragem de viver autenticamente, sem medo de errar, sentir ou ir além dos limites impostos pela sociedade. Para ele, esses "loucos" são os verdadeiros vivos, porque abraçam a intensidade da existência, o que inclui paixões, riscos e até mesmo sofrimento.... A reflexão seria: será que, ao evitar a loucura / entendida aqui como liberdade e autenticidade /, acabamos nos aprisionando em uma vida sem emoção, marcada pela segurança, mas desprovida de essência? Talvez o "louco" de Bukowski seja quem escolhe o risco de viver plenamente, em vez da segurança de apenas existi. pode ser interpretada de diversas maneiras e traz uma provocação interessante: ela nos convida a refletir sobre o equilíbrio entre conformidade e autenticidade. Os "loucos" de que ele fala não são necessariamente pessoas fora de controle, mas aquelas que ousam questionar normas, desafiar a rotina e abraçar o caos criativo. A "loucura", nesse sentido, é um ato de rebeldia contra a apatia e a mediocridade. Também podemos pensar que Bukowski fala de um tipo de coragem / a coragem de ser vulnerável, de sentir intensamente e de viver sem se preocupar tanto com julgamentos. Essa "loucura" pode parecer perigosa, mas talvez seja ela que nos conecta com o que há de mais humano: a paixão, o erro, o desejo de significado. Por outro lado, a frase também pode ser vista como um lembrete de que evitar "enlouquecer" (em sentido figurado) pode nos levar a uma vida tão previsível que acabamos não vivendo de verdade. Isso nos faz refletir: será que estamos aceitando o risco da "loucura" o suficiente para encontrar a verdadeira alegria e liberdade? No fundo, Bukowski parecia sugerir que a loucura é essencial para a criatividade, o amor, e a descoberta. Talvez o ponto seja não fugir dela, mas aprender a vivê-la de maneira construtiva. Os solitários é fascinante porque aborda um tipo de liberdade muitas vezes negligenciado: a de NÃO VIVER PARA AGRADAR OS OUTROS.
INSTRAGAN@@ELIXANDRACARDOSO Publicado por Elixandra(costura pensamento filosófico) em 25/05/2025 às 16h53
Copyright © 2025. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. 24/05/2025 23h59
livro artesanal de poemas místicos-românticos
DedicatóriaPara quem ama como reza, sente como sonha e espera como quem sabe que o mistério também é amor.
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"Alquimia do Teu Nome"
Te encontrei entre véus de lavanda, num templo bordado em jasmim e ouro, onde o tempo era líquido, e os minutos pingavam devagar num frasco antigo de âmbar.
Tuas palavras eram azeites, unguentos sagrados em minha pele nua de certezas, e cada gesto teu / um selo de cera quente num pergaminho que só os de olhos fechados podiam ler.
Amor assim não se explica, se destila / gota a gota / em caldeirões de silêncio sob luas de prata e orações esquecidas.
Teus olhos, dois espelhos de quartzo fumê, revelavam outras vidas onde também te amei, com outros nomes, em outras peles, mas o mesmo perfume de mirra.
Nosso beijo era rito. Nossos corpos, templo. Te amar era invocar o fogo sem queimar, era fazer chover dentro do peito.
Perfumei meus pulsos com teu nome. Tracei runas nas dobras do lençol. Acendi sete velas para cada ausência tua, e todas se apagaram com tua chegada.
Talvez sejamos magia antiga, talvez apenas poesia que se esqueceu de virar prosa. Mas se o mundo acabar amanhã, que ele nos encontre ungidos em óleos e promessas sussurradas.
_______________💕💕💕💕_______________
"Feitiço de Hortelã e Mel"
Você veio como quem sopra um segredo, com cheiro de terra molhada e hortelã. Teus dedos desenharam constelações na minha cintura e minha pele reconheceu tua alma / antes mesmo de você dizer meu nome.
Entre taças de vinho e olhos fechados, invocamos o amor sem medo. Você dizia que amar era curar, e me curou com beijos feitos de mel e silêncio.
Ainda ouço tuas palavras queimando como incenso de canela. E quando a noite chega, é teu abraço que invoco como quem recita um antigo encantamento.
____________ 💋💋💋💋💋 ___________
"Liturgia dos Teus Lábios"
Teus lábios, meu rito sagrado. Tua boca, a escritura esquecida que meus sonhos decifram.
Entre nós, a dança dos elementos: meu fogo e tua água fazendo vapor em lençóis de linho, onde as almas se deitam nuas.
Te amar é ajoelhar diante do mistério, é perder o nome pra ganhar o sentido. E eu te rezo, com a fé de quem não duvida do amor que nasceu antes do mundo.
______________ 📩📩📩📩 _____________
"Carta Costurada com Rosas"
Se eu pudesse te bordar, usaria fios de luar e pétalas secas. Costuraria tuas palavras em rendas sutis e deixaria teu cheiro entre os pontos, feito carta escondida no fundo da gaveta.
Tu és o feitiço que dá certo, o incenso que nunca acaba, o toque que fecha todas as feridas.
Ficamos, assim, bordados um no outro tuas dores na minha palma, meu sagrado no teu peito.
E quando perguntam sobre o amor, respondo com teu nome e um suspiro de rosa branca.
______________🌙🌙🌙🌙 ______________
"Amor em Fases de Lua"
Nos conhecemos em Lua Minguante e ainda assim fomos crescendo. Teu toque me trouxe marés que lavaram minhas crenças e culpas.
Você me leu em voz baixa, como quem respeita livro antigo. Teus olhos derramavam calor como óleo sagrado em oferenda.
Nosso amor tem fases, mas nunca sombra. Mesmo na ausência, tua lembrança brilha feito estrela que insiste em não cair.
Se o mundo ruir, quero tua mão ungida de coragem e o perfume do teu pescoço pra lembrar que magia existe.
ELIXANDRA CARDOSO......INSTRAGAN @Elixandracardoso Publicado por Elixandra(costura pensamento filosófico) em 24/05/2025 às 23h59
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