![]() 25/05/2025 17h35
Quem Somos Quando Ninguém Vê
A pergunta "Quem sou eu?" é realmente cabisbaixa (ou seja, profunda e difícil). Platão não dá uma resposta definitiva, porque, para ele, o ser humano não é apenas um corpo físico, mas também uma alma imortal que participa do mundo das ideias.
Se você encara essa pergunta como sem resposta, talvez esteja considerando que não há uma essência fixa do "eu", ou que qualquer resposta seria insuficiente. Mas também pode ser que a resposta esteja sempre em construção / algo mais próximo de um processo do que de um estado fixo.
O que te faz achar que essa pergunta não tem resposta? É por causa da multiplicidade de identidades que assumimos ou porque a essência do "eu" não pode ser definida?
"Sou um fluxo de experiências, um conjunto de possibilidades em constante transformação."
"Sou a pergunta em si, não uma resposta definitiva."
"Sou uma multiplicidade de eus, um fluxo em constante transformação, mas todos os meus eus aprendem e se orientam pelo que considero justo. Mesmo que a justiça absoluta seja inalcançável, é ela que ressoa no meu íntimo e dá sentido à minha existência."
"Sou um ser em constante mudança, múltiplo e impermanente, mas guiado pela vontade de compreender e agir com justiça."
Parte 02
A pergunta "Quem sou eu?" pode ser dividida em diferentes camadas, dependendo do contexto e da intenção por trás dela. Ela não precisa ter uma única resposta fixa, porque o "eu" se manifesta de formas diferentes em diferentes situações.
No nível social e funcional / Quem sou eu no mundo?
Aqui, a resposta pode ser algo como profissão, papéis sociais, relações. Exemplo: "Sou professor estudante de filósofa e mãe etc."
No nível psicológico e existencial / Quem sou eu para mim mesmo?
Aqui entra sua percepção sobre sua identidade interna. Exemplo: "Sou uma mente curiosa, um ser em constante transformação."
No nível filosófico e metafísico / O que significa ser "eu"?
Esse é o nível mais abstrato, onde a resposta pode ser algo como: "Sou um fluxo de consciência, uma parte do todo, uma interrogação sem fim."
Se você busca um fio condutor entre esses diferentes "eus", sua busca pela justiça pode ser essa linha que atravessa todos os níveis. Assim, você poderia responder algo como:
"Sou todas as minhas versões, mas em todas elas busco compreender e me alinhar ao que considero justo."
juntar todos esses "eus" em um único parece impossível porque cada um deles se manifesta em contextos diferentes. Mas talvez o que une todos eles não seja um "eu" fixo, e sim uma direção, uma intenção ou um princípio condutor.
Pense assim: o oceano tem ondas, correntes e profundidades diferentes, mas continua sendo oceano. Você pode ser múltiplo e, ao mesmo tempo, ter uma coerência interna.
Retrospectiva
"eu" como algo fluido e múltiplo, não como uma entidade fixa. Assim rejeitando a ideia de uma identidade essencial e imutável, afirmando que somos compostos por diferentes impulsos e perspectivas que mudam ao longo do tempo multiplicidade de forças e vontades em conflito.
Múltiplos eus → Representam a multiplicidade da identidade. Somos uma soma de experiências, emoções, pensamentos e papéis que assumimos na vida. O "eu" que pensa hoje pode ser diferente do "eu" que existia anos atrás.
"Sou vários. Há mais de mim em mim do que eu mesmo."
Lembrando que nunca esquecendo do fio condutor entre esses diferentes "eus" para que possa atravessar todos os níveis. Observando os vários "eus" encontramos divergências com o ego. O ego está mais voltado para a interação com o mundo externo. Ele lida com a realidade, com as regras sociais e com a necessidade de manter uma identidade coesa. Ele é como uma máscara funcional que usamos para navegar no mundo.
O "eu", por outro lado, é mais interno e subjetivo. Ele pode ser visto como a soma das suas experiências, pensamentos, sentimentos e essência. Enquanto o ego tenta equilibrar impulsos e normas, o "eu" pode ser mais profundo, múltiplo e até indefinível. O ego seria a superfície da água, sempre se ajustando às ondas e às mudanças do ambiente. O "eu" seria as profundezas do oceano, onde há correntezas mais sutis, mistérios e algo menos fixo.
Instragan @elixandracardoso Publicado por Elixandra (costura pensamento filosófico) em 25/05/2025 às 17h35
Copyright © 2025. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. 25/05/2025 16h53
APENAS OS LOUCOS E OS SOLITÁRIOS: Almas Fora do Tempo
Apenas os loucos e os solitários se permitem o luxo de serem inteiros. Sem máscaras, sem disfarces, sem o peso de agradar.....
O solitário, porque não tem plateia / e com o tempo, aprendeu a não precisar. O louco, porque já rompeu com a lógica dos outros / e não vê sentido em fingir. Ambos caminham à margem, mas há liberdade nisso.
Eles não atuam, não decoram falas para agradar, não mendigam aceitação. São perigosamente autênticos. E talvez, por isso mesmo, são/tão incompreendidos....
Ambos falam como sentem, sem se reprimir.... Dizem “não” com firmeza, mas sem ofensa.... São sinceros, não rudes / e há diferença.
Os verdadeiramente sensíveis não são os que se magoam com tudo, mas os que vivem reprimidos, acumulando silêncios e dores por medo de desaprovar. Loucos e solitários não temem esse risco. Assumem o que são / mesmo que o mundo não entenda. E por isso, são livres.
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"Loucos". Ele escreveu sobre os indivíduos que vivem intensamente, geralmente na contramão da normalidade.... uma crítica à monotonia e conformidade da vida convencional. Bukowski celebrava os "loucos" no sentido daqueles que têm coragem de viver autenticamente, sem medo de errar, sentir ou ir além dos limites impostos pela sociedade. Para ele, esses "loucos" são os verdadeiros vivos, porque abraçam a intensidade da existência, o que inclui paixões, riscos e até mesmo sofrimento.... A reflexão seria: será que, ao evitar a loucura / entendida aqui como liberdade e autenticidade /, acabamos nos aprisionando em uma vida sem emoção, marcada pela segurança, mas desprovida de essência? Talvez o "louco" de Bukowski seja quem escolhe o risco de viver plenamente, em vez da segurança de apenas existi. pode ser interpretada de diversas maneiras e traz uma provocação interessante: ela nos convida a refletir sobre o equilíbrio entre conformidade e autenticidade. Os "loucos" de que ele fala não são necessariamente pessoas fora de controle, mas aquelas que ousam questionar normas, desafiar a rotina e abraçar o caos criativo. A "loucura", nesse sentido, é um ato de rebeldia contra a apatia e a mediocridade. Também podemos pensar que Bukowski fala de um tipo de coragem / a coragem de ser vulnerável, de sentir intensamente e de viver sem se preocupar tanto com julgamentos. Essa "loucura" pode parecer perigosa, mas talvez seja ela que nos conecta com o que há de mais humano: a paixão, o erro, o desejo de significado. Por outro lado, a frase também pode ser vista como um lembrete de que evitar "enlouquecer" (em sentido figurado) pode nos levar a uma vida tão previsível que acabamos não vivendo de verdade. Isso nos faz refletir: será que estamos aceitando o risco da "loucura" o suficiente para encontrar a verdadeira alegria e liberdade? No fundo, Bukowski parecia sugerir que a loucura é essencial para a criatividade, o amor, e a descoberta. Talvez o ponto seja não fugir dela, mas aprender a vivê-la de maneira construtiva. Os solitários é fascinante porque aborda um tipo de liberdade muitas vezes negligenciado: a de NÃO VIVER PARA AGRADAR OS OUTROS.
INSTRAGAN@@ELIXANDRACARDOSO Publicado por Elixandra (costura pensamento filosófico) em 25/05/2025 às 16h53
Copyright © 2025. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. 24/05/2025 23h59
livro artesanal de poemas místicos-românticos
DedicatóriaPara quem ama como reza, sente como sonha e espera como quem sabe que o mistério também é amor.
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"Alquimia do Teu Nome"
Te encontrei entre véus de lavanda, num templo bordado em jasmim e ouro, onde o tempo era líquido, e os minutos pingavam devagar num frasco antigo de âmbar.
Tuas palavras eram azeites, unguentos sagrados em minha pele nua de certezas, e cada gesto teu / um selo de cera quente num pergaminho que só os de olhos fechados podiam ler.
Amor assim não se explica, se destila / gota a gota / em caldeirões de silêncio sob luas de prata e orações esquecidas.
Teus olhos, dois espelhos de quartzo fumê, revelavam outras vidas onde também te amei, com outros nomes, em outras peles, mas o mesmo perfume de mirra.
Nosso beijo era rito. Nossos corpos, templo. Te amar era invocar o fogo sem queimar, era fazer chover dentro do peito.
Perfumei meus pulsos com teu nome. Tracei runas nas dobras do lençol. Acendi sete velas para cada ausência tua, e todas se apagaram com tua chegada.
Talvez sejamos magia antiga, talvez apenas poesia que se esqueceu de virar prosa. Mas se o mundo acabar amanhã, que ele nos encontre ungidos em óleos e promessas sussurradas.
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"Feitiço de Hortelã e Mel"
Você veio como quem sopra um segredo, com cheiro de terra molhada e hortelã. Teus dedos desenharam constelações na minha cintura e minha pele reconheceu tua alma / antes mesmo de você dizer meu nome.
Entre taças de vinho e olhos fechados, invocamos o amor sem medo. Você dizia que amar era curar, e me curou com beijos feitos de mel e silêncio.
Ainda ouço tuas palavras queimando como incenso de canela. E quando a noite chega, é teu abraço que invoco como quem recita um antigo encantamento.
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"Liturgia dos Teus Lábios"
Teus lábios, meu rito sagrado. Tua boca, a escritura esquecida que meus sonhos decifram.
Entre nós, a dança dos elementos: meu fogo e tua água fazendo vapor em lençóis de linho, onde as almas se deitam nuas.
Te amar é ajoelhar diante do mistério, é perder o nome pra ganhar o sentido. E eu te rezo, com a fé de quem não duvida do amor que nasceu antes do mundo.
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"Carta Costurada com Rosas"
Se eu pudesse te bordar, usaria fios de luar e pétalas secas. Costuraria tuas palavras em rendas sutis e deixaria teu cheiro entre os pontos, feito carta escondida no fundo da gaveta.
Tu és o feitiço que dá certo, o incenso que nunca acaba, o toque que fecha todas as feridas.
Ficamos, assim, bordados um no outro tuas dores na minha palma, meu sagrado no teu peito.
E quando perguntam sobre o amor, respondo com teu nome e um suspiro de rosa branca.
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"Amor em Fases de Lua"
Nos conhecemos em Lua Minguante e ainda assim fomos crescendo. Teu toque me trouxe marés que lavaram minhas crenças e culpas.
Você me leu em voz baixa, como quem respeita livro antigo. Teus olhos derramavam calor como óleo sagrado em oferenda.
Nosso amor tem fases, mas nunca sombra. Mesmo na ausência, tua lembrança brilha feito estrela que insiste em não cair.
Se o mundo ruir, quero tua mão ungida de coragem e o perfume do teu pescoço pra lembrar que magia existe.
ELIXANDRA CARDOSO......INSTRAGAN @Elixandracardoso Publicado por Elixandra (costura pensamento filosófico) em 24/05/2025 às 23h59
Copyright © 2025. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. 21/05/2025 14h45
A AGULHA E O VENTO: Rito da Sacerdotisa Loba Costureira
Rito simbólico iniciático metafórico (mito)
Numa clareira 💥 que só aparece aos olhos fechados, onde as folhas🌿 sussurram segredos antigos, caminhava a loba de véus escuros. Era noite e era ventre. Os galhos desenhavam runas no céu. Seus passos descalços pisavam a terra como quem borda o tempo com os pés.
Ela era costureira de silêncios e sacerdotisa de um templo sem paredes. No lugar do altar, um tear. No lugar do cálice, a agulha prateada.🪡Cada ponto era uma oferenda. Cada linha, um feitiço.
No centro do círculo de veludo / tecido com a própria noite / ela sentou. Seus olhos guardavam a memória das águas e dos gritos. Seus dedos, calejados do fio e do mundo, tocavam os panos como quem toca a alma do tempo.
Veio então o tecido cru: memória sem forma, sonho sem nome. A loba soprou palavras em línguas esquecidas, e o pano começou a gemer leve, como se ganhasse pele. "Aqui costuro o que foi arrancado." murmurou.
Os fios vermelhos dançavam como serpentes. O suor de seu colo escorria como perfume, e o pescoço arqueado lembrava oferenda. Era um rito de sangue e seda, onde cada ponto penetrava o véu do visível e puxava o oculto por dentro da dobra.
Ela costurava o vestido da alma selvagem. Um manto de liberdade. Cada ponto era também cicatriz. Cada nó, um portal.
No fim da noite que era também iníciaçao vestiu o tecido sagrado e dançou.... Dançou com a lua nos seios, com o ventre em flor, com os olhos marejados de origens.
Ali, no ventre do mundo, a loba se fez sacerdotisa. E a costureira, mulher inteira.
Ah… já tens a alma de quem escreve ritos com o sangue das estrelas e o fio do tempo. Virginiana que sonda o céu, loba que fareja silêncios, sacerdotisa que costura véus entre mundos. O rito é semente e chama. É bordado nas areias do Egito e sussurro na boca da noite....
RITO INICIAÇÃO SÍMBOLICO
Rito da Sacerdotisa egípcia,Loba Costureira sob o Céu de Vênus
Realizado em noite clara, onde os astros se achegam ao teu espírito....
Preparação do Espaço:
-> Acende uma vela de (pureza). Uma azul (sabedoria). Uma vermelha (vida da loba). Traça com linha ou fita um pequeno círculo no chão / teu útero simbólico, tua oficina sagrada....útero que ampara vida.....e mistérios ocultos...
Invocação:
Com a mão sobre o ventre ou sobre o coração, diz:
-> “Neste corpo carrego os fios de mil costuras, linhas de Egito, de estrelas, de silêncios. Em mim habita a Virgem que analisa, a Sacerdotisa que pressente, a Loba que uiva à Lua em busca de sentido. Venho me iniciar na minha própria inteireza. Que minha luz não negue minha sombra, que minha crítica não afogue meu sentir, que o toque sutil seja mais forte que o controle."
Rito do Fio:
Pega uma linha ou fita. Com ela, simbolicamente costura o ar à tua frente, como se remendasse as partes de ti que andavam separadas.
->“Costuro agora minha noite com minha lucidez. Costuro minha carne com meu espírito. Costuro minha boca afiada com meu silêncio sábio. Que venham..... quem vier/ me toque com domínio gentil, poesia na língua, com arte pois só danço onde há respeito e firmeza.”
Palavra de Encerramento:
->“Me reverencio, como quem beija o próprio espelho. Me iniciei no meu templo , onde sagrado superior me habita... e nele sigo, entre véus e verdades.”
Música rito🎶🎶🎶🎶 Horizon F3DEN
É isso
Publicado por Elixandra (costura pensamento filosófico) em 21/05/2025 às 14h45
Copyright © 2025. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. 20/05/2025 17h13
VERBO EM MIM: um FIO que não se cala.
VERBO EM MIM: um fio que não se cala (Crônica poética filosofica, com duas vozes)
MEU DEDO ROÇA A TELA COMO QUEM PEDE LICENÇA PARA ENTRADA. ÀS VEZES NEM QUERO LER. O TÍTULO SOA RASO, POBRE, BANAL / MAS HÁ UM CHAMADO MUDO. ABRO. E O QUE ERA NADA SE ABRE EM TUDO. LETRAS QUE DEITAM SOBRE MEUS OLHOS E ACORDAM EM MIM UMA COISA ANTIGA. UM GOZO QUE NÃO É CARNE E, UM ÊXTASE QUE NÃO É MUNDO. É ALMA A. RASGO. TRANSBORDO.
ALI PERCEBO: EU VIM SERVIR AO VERBO. NÃO AO VERBO VESTIDO DE DOUTRINA, MAS ÀQUELE QUE SUSSURRA NAS ESFERAS OCULTAS DO MEU SER. QUE CANTA NA FOLHA CAÍDA, QUE ARDE NA LÁGRIMA SEM NOME. SOU LEITORA, SIM. MAS ÀS VEZES SOU MAIS: SOU COSTUREIRA DE SILÊNCIOS, LOBA DAS ENTRANHAS, SACERDOTISA DAS MARGENS.
ESCREVO COMENTÁRIOS COMO QUEM ACENDE INCENSOS EM REVERÊNCIAS AO VERBO ALI ESCRITO/ NÃO PARA ME MOSTRAR, NÃO PARA ME COROAR, MAS PARA AGRADECER O FOGO. A PALAVRA ( VERBO) ME DEVORA E EU A DEVOLVO. NÃO SOU RAINHA. SOU SERVA. UM PEDAÇO DE CARNE CONSCIENTE DO DIVINO QUE HÁ ATÉ NA DOR.....
E É POR ISSO QUE LEIO. PORQUE CADA TEXTO ME LEMBRA QUE ESTAMOS TODOS FERIDOS POR UMA SAUDADE. UMA SAUDADE SEM ROSTO, SEM ENDEREÇO. UMA SAUDADE QUE TALVEZ SEJA DE DEUS / NÃO O DEUS SENTADO EM TRONOS, MAS O DEUS QUE MORA EM TUDO. NA PEDRA, NA FEBRE, NO CAOS. NO OUTRO.......
A DOR QUE SINTO, O PESO QUE CARREGO / DESCOBRI / NÃO É SÓ MEU. É DE TODOS NÓS. E, AINDA ASSIM, CADA UM A VIVE COMO SE FOSSE ÚNICA (O). E TALVEZ SEJA. UM FRAGMENTO DA DOR PRIMORDIAL, A PERDA DE ALGO QUE NUNCA TIVEMOS, MAS SEMPRE FOMOS.....
FILOSOFIA ALGUMA EXPLICA. CIÊNCIA ALGUMA CURA. PORQUE É FERIDA DE ESPÍRITO. É SAUDADE DA UNIDADE....
ENTÃO SIGO. LENDO. ESCREVENDO. SERVINDO O VERBO QUE ME ATRAVESSA. CAMINHANDO COM A TRISTEZA COMO QUEM CARREGA UM FILHINHO NOS BRAÇOS. FRÁGIL, MAS VIVA. PORQUE MESMO DOENTE, ESTAMOS VIVOS (AS). E SE ESTAMOS VIVOS, AINDA É POSSÍVEL AMAR.
E AMAR, TALVEZ, SEJA LEMBRAR: SOMOS UM.......
Duas Vozes/ Poesias simbólica:
—| Resposta à Altura (Versão Viva do Verbo)
Teu comentário não me tocou apenas / ele me acordou. Atravessou o tempo, os véus e os nomes. Não importa quem.... há algo antigo que em mim se move quando me leem assim.....
Não é só sobre um texto / é sobre a alma que se despe, e se deixa levar inteira nas esferas profundas.... Se meu jardim arde, não é por desejo raso..... É porque sou feita de brasas de outras vidas, e cada leitura certa é uma faísca espelho que me reacende.....
Quando me comentam com verdade, eu não leio: encarno. Viva à cena. Sirvo o verbo. Visto-me de personagem, mas sou ser humano de emoções. Meu corpo não se move, mas a alma se atira....
E meu comentário já não é meu é serviço prestado ao fogo, à memória, à fantasia que costuro com minhas entranhas....
Não busco tapetes vermelhos. Já tive palácios demais em sonhos que me exilaram.... Não quero ser rainha, nem coroa. Prefiro ser loba. Preferível o chão, onde sinto os cheiros e as feridas.....
Aqui, nas margens, sou mais verdadeira. Se minha escrita não te serve, me esquece. Me bloqueia. Volto quieta para o corredor do vazio.
Mas se te toca, então entenda: não é elogio o que faço / é ritual. Não é flerte / é oferenda. Não quero tua resposta, quero tua presença inteira, em cada palavra que lê como quem escuta um eco do que fomos / e talvez ainda sejamos.
— || Resposta Silenciosa (Quando o Verbo Também Me Lê)
Li tua entrega e me calei. Não por frieza, mas porque há palavras que não se respondem se reverenciam.
Teu jardim não me chamou pelo perfume, mas pelas raízes. Senti teu verbo em mim como se ele já vivesse aqui, antes mesmo de lido. E nesse silêncio que me escorreu pela pele, fui tua sem te tocar.
Não vim regar tua poesia com promessas, nem colher o que floresce fácil. Vim ouvir o que arde quieto, o que grita no avesso das palavras.
Teu corpo não me chama mas tua missão, sim. Te vejo costureira (o) de destinos, loba (o) à beira do tempo, sacerdotisa (e) da margem onde ninguém quer ficar, mas onde a verdade mora.
Se meu comentário não chega, é porque às vezes meu verbo também cansa. Fico aqui, no escuro do corredor onde tudo ecoa, te ouvindo. Com os olhos. Com os ossos. Com carne.
Não te sigo por elogio / te sigo porque tua dor parece irmã da minha. E quando o verbo nos serve, sabemos: não somos autores / somos altar. Não é apelo, é manifesto
Moral / A Saudade sem Nome (reflexão final)
Esses versos e texto;podem ser entendidos de variáveis/ não falam de desejo entre corpos é desejo entre almas/ falam da saudade ancestral que carregamos dentro, da lembrança de um lugar onde fomos inteiros. Por trás de cada toque, de cada palavra trocada, há um grito velado: a vontade de voltar para o útero do sentido, para o encontro com algo ou alguém que nos devolva a nós mesmos através da letra..
A fala não é sobre desejo carnal, nem de promessas sentimentais. Falam do reconhecimento de almas que se encontram através do verbo / da escrita como canal de algo muito maior que nós. São dois lados do mesmo espelho: uma oferece a palavra como entrega viva; a outra responde em silêncio, também oferecendo-se ao que foi despertado.. Essa troca não busca coroa, nem palco. Não quer o centro / quer o sentido. É a dança de dois que, talvez, já se cruzaram em outras vidas,
e agora se reencontram não pelo corpo, mas pela memória que vibra entre as letras linhas.. No fundo, somos todos leitores de uma saudade sem nome.. Servimos ao verbo como sacerdotes servem ao mistério.. Não escrevemos por vaidade, mas porque algo em nós pulsa demais / e precisa sangrar bonito nas palavras..
Não se trata de amor carnal, mas de missão de servir.. De tocar e ser tocado sem possuir. De costurar, com poesia, as partes que ainda doem em silêncio. E seguir / mesmo que ninguém veja / com a certeza de que há sentido até no que não termina em resposta..
A resposta que se busca no outro é, na verdade, a resposta que falta dentro. Por isso o jardim arde, por isso o corpo escreve, por isso a alma clama / porque estamos todos doentes de uma saudade que nem sabemos nomear. Saudade do lugar de onde viemos e para onde voltaremos quando tudo se apagar..
A poesia vira pretexto para essa travessia: entre a ausência e o pertencimento, entre a carne e o invisível. No fundo, ela diz: te procuro para me lembrar que existo, que sinto, que ainda há calor neste mundo frio. E talvez, só talvez, sejamos todos pedaços do mesmo verbo tentando se reconhecer nos olhos de um outro..
O texto "Verbo em mim: um fio que não se cala" tem a estrutura e a linguagem de uma crônica poética, com traços de ensaio lírico-filosófico. Poesias com estrutura com toque sutil sensual metafórica, com códigos subliminares inconscientes, fornecendo diversas interpretação conforme limitação......
"A leitura é guiada pelo olhar subjetivo de quem lê, sendo interpretada de formas diversas conforme suas crenças, limitações e experiências. Por isso, um mesmo texto pode conter múltiplos significados."
Musica 🎶🎶🎶 Rise(extended mix) Linnic Foi uma viagem de reverências
NAO É APELO É MANIFESTO......
É isso
Elixandra ( costura pensamento)
Publicado por Elixandra (costura pensamento filosófico) em 20/05/2025 às 17h13
Copyright © 2025. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.
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