Elixandra cardoso, costura pensamento

"Tecendo silêncios e sentidos entre fios e pensamentos"

Meu Diário
30/05/2025 18h50
“Silêncios que se Movem” ( humano no escuro)

Formigas no inverno 

 

As formigas correm no inverno

para comer no verão /

como se o tempo andasse ao contrário,

como se o frio ensinasse a fome

antes que ela chegasse.

 

Elas não questionam o ciclo,

não duvidam do depois.

Seguem, em fila,

como se a certeza fosse instinto,

e a esperança, trabalho.

 

Enquanto o mundo dorme,

elas planejam calor.

Enquanto o nada parece reinar,

há movimento,

mínimo, silencioso,

cheio de intenção.

 

Talvez sejamos como elas,

correndo no escuro

para colher o que ainda

nem nasceu.

 

******************************************

Quando o Sol se Esconde

 

Quando o sol se esconde,

não é só a luz que parte /

é o mundo que silencia,

e o nada,

pacientemente,

toma seu lugar.

 

Não grita,

não pesa,

não exige.

O nada apenas é.

Como um campo aberto

antes da primeira semente.

 

É ausência,

mas também promessa.

É o fim de um som

e o começo de uma escuta.

 

Porque quando tudo escurece,

não é a escuridão que vence /

é o espaço que se abre

para aquilo que ainda

não tem nome.

________________________________________ 

 

Anoitecer na Varanda

 

Ali na varanda 

o anoitecer apontava 

sinal de escuridão.

O vazio se estalou,

onde o nada era,

talvez um vácuo,

fé, ilusão.

 

Observei a sombra da rede 

mas não era sombra da rede.

Era um buraco escuro no peito,

era presença,

acolhendo o inevitável.

 

Era o nada

onde tudo nasce

de sentido.

 

Instragan @elixandracardoso 

 


Publicado por Elixandra (costura pensamento filosófico) em 30/05/2025 às 18h50
Copyright © 2025. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.
 
26/05/2025 22h15
"Ainda Sei Brincar de Agora" ( Sêneca )❤️❤️❤️

♧•♧•♧•♧•♧•♧•♧•♧•♧•♧•♧•♧•♧•♧•♧•♧•

 

A vida ficou mais doce quando percebi ❤️

a magia da infância não vinha de ser criança❤️

mas de viver o presente ❤️

 

Sêneca dizia ❤️

o maior obstáculo à vida é a expectativa ❤️

esse apego ao amanhã ❤️

que nos faz negligenciar o agora ❤️

Nos preocupamos com o que ainda não veio❤️

esquecendo o que já pulsa em nossas mãos❤️

 

 

Ser criança é amar hoje ❤️

sem esperar amor em troca ❤️

É sorrir sem motivo ❤️

e, se for preciso ❤️

chorar por um joelho ralado ❤️

como se o mundo parasse pra cuidar da dor❤️ 

 

Talvez crescer ❤️

não signifique perder a magia ❤️

mas esquecer o caminho até ela ❤️

A infância era mágica ❤️

não porque o mundo era diferente ❤️

mas porque nosso olhar ❤️

ainda era limpo ❤️

sem o peso do ontem ❤️

sem a ansiedade do depois ❤️

 

Ainda podemos viver assim ❤️

 

Ainda sabemos brincar de agora ❤️

 

☆▪︎☆▪︎☆▪︎☆▪︎☆▪︎☆▪︎☆▪︎☆▪︎☆▪︎☆▪︎☆☆▪︎☆▪︎☆▪︎☆▪︎☆▪︎

 

❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️

 

 


Publicado por Elixandra (costura pensamento filosófico) em 26/05/2025 às 22h15
Copyright © 2025. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.
 
25/05/2025 22h16
"Subjetividade como ponte, não como prisão" parte 03

 Realmente, o cérebro tem um funcionamento automático e uma programação inicial que é construída ao longo da vida com base em experiências, aprendizado e hábitos. O cérebro cria padrões de funcionamento que são em grande parte automáticos / essas conexões neurais formam a base de como reagimos ao mundo, como processamos emoções e até como pensamos. Em certo sentido, quando esses padrões se tornam enraizados, parece que a mente "fica estacionada" em uma maneira específica de perceber a realidade.

 

No entanto, o que é fascinante é que o cérebro é maleável e capaz de mudança, mesmo quando esses padrões parecem fixos. Isso ocorre através da neuroplasticidade. Mesmo com hábitos e crenças profundamente enraizados, nosso cérebro pode ser treinado para criar novas conexões e novos caminhos, o que nos permite modificar nossa forma de reagir, pensar e sentir. 

 

.... Consciência: O primeiro passo é perceber esses padrões automáticos. Isso pode ser feito através da auto-observação ou de práticas como mindfulness, que nos ajudam a estar presentes e conscientes de como nossos pensamentos e emoções se formam.

 

.... Repetição e prática: O cérebro precisa de tempo para formar novas conexões. Para mudar algo enraizado, é preciso repeti-lo consistentemente até que novas redes neurais se formem. Isso pode acontecer, por exemplo, ao tentar adotar uma nova forma de pensar ou responder em situações que antes gerariam reações automáticas.

 

.... Desafiar crenças limitantes: Muitas vezes, os padrões enraizados vêm de crenças profundas que tivemos desde a infância. Ao questionar essas crenças e buscar alternativas mais saudáveis ou realistas, podemos criar novas formas de ver a realidade.

 

..... Paciência e compaixão consigo mesmo: Mudanças significativas levam tempo. O cérebro precisa de repetição para "aprender" novos caminhos, e isso exige paciência.

 

Padrões profundamente enraizados, a mente e o cérebro têm a capacidade de mudar. A chave está em agirmos com intenção para criar novas formas de pensamento e comportamento, e darmos ao nosso cérebro tempo para se adaptar.

 

Esse processo de mudança pode ser desafiador, mas ele é totalmente possível! Como você se sente em relação a dar esse passo de transformar algo já enraizado?

 

A mente é subjetiva, pois se refere à experiência interna, única e pessoal que temos do mundo / nossos pensamentos, sentimentos, percepções e emoções. Essa subjetividade é moldada pelas nossas crenças, experiências e interpretações da realidade. Cada pessoa tem uma experiência mental própria, que é influenciada por sua história de vida, cultura, ambiente e escolhas.

 

Por outro lado, o cérebro é objetivo no sentido de ser uma estrutura física e biológica. Ele é composto por células nervosas que realizam funções específicas e que podem ser estudadas e observadas de forma objetiva. O cérebro processa informações, coordena funções corporais e cria as condições para que a mente experimente emoções, pensamentos e percepções, mas em si, o cérebro não "sente" ou "experimenta" nada.

 

Então, a mente é a experiência subjetiva do que o cérebro está fazendo (processando), e o cérebro é a máquina que executa as funções físicas necessárias para que a mente tenha essa experiência. Eles estão intimamente ligados, mas são diferentes em sua natureza: a mente é subjetiva e a base física disso, o cérebro, é objetiva.

 

÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷÷

 

A ideia de que o cérebro é um "fato bruto" se refere ao conceito de que ele é uma estrutura física, um órgão biológico que segue leis naturais e funciona de maneira objetiva / ele responde a estímulos, controla funções vitais e executa processos fisiológicos. Esse é o ponto de vista da ciência materialista que, em muitos casos, tenta explicar tudo a partir de processos biológicos e físicos.

 

No entanto, o conceito de neuroplasticidade, ou a capacidade do cérebro de se reorganizar, formar novas conexões e modificar suas respostas ao longo do tempo, é amplamente aceito dentro da ciência moderna, especialmente nas áreas de neurociência e psicologia. A neuroplasticidade demonstra que o cérebro não é estático, mas sim dinâmico e capaz de mudar, mesmo ao longo da vida, o que contradiz a ideia de que os padrões aprendidos são permanentes e imutáveis.

 

 Existem algumas correntes científicas mais rígidas ou algumas abordagens que podem questionar certos aspectos da plasticidade cerebral, mas a maioria dos estudos atuais sugere que, mesmo padrões profundamente enraizados, como hábitos ou crenças, podem ser alterados ao longo do tempo com a repetição de novas experiências e comportamentos. Isso é especialmente evidente em áreas como reabilitação após lesões cerebrais, onde o cérebro encontra novas maneiras de realizar funções perdidas.

 

Portanto, a neuroplasticidade é uma das maiores evidências de que, mesmo que o cérebro tenha uma base objetiva e determinada, ele tem a capacidade de se modificar em resposta ao ambiente e às experiências / e a mente, como a experiência subjetiva, também pode ser moldada por essas mudanças.

 

O corpo pode afetar a mente de várias maneiras, principalmente através das reações físicas que temos a diferentes estímulos e estados corporais. Aqui estão algumas maneiras pelas quais o corpo pode impactar a mente:

 

 Estado físico e emocional

 

O corpo e a mente estão profundamente interconectados. Quando estamos fisicamente doentes, cansados ou com dor, isso pode afetar diretamente nosso estado emocional e mental. Por exemplo, uma pessoa com dor crônica pode se sentir mais ansiosa, deprimida ou estressada, mesmo que não haja um problema mental em si. O cansaço físico também pode levar à diminuição da capacidade cognitiva, afetando o raciocínio, a memória e a concentração.

 

Hormônios e neurotransmissores

 

O corpo regula os hormônios e os neurotransmissores, que têm um papel fundamental no funcionamento mental. Por exemplo:

 

Cortisol (o hormônio do estresse) pode aumentar quando o corpo está em uma situação de estresse, o que pode afetar diretamente a capacidade da mente de processar informações de maneira clara.

 

Serotonina e dopamina são neurotransmissores relacionados ao bem-estar. Se os níveis desses neurotransmissores estão baixos (por exemplo, em condições de depressão), isso pode afetar o humor e os pensamentos da pessoa.

 

Alimentação e nutrição

 

O que comemos tem impacto direto em como nosso cérebro e mente funcionam. Dietas pobres em nutrientes essenciais podem afetar a função cognitiva e o equilíbrio emocional. Por exemplo, a falta de ácidos graxos essenciais pode prejudicar a memória, enquanto baixos níveis de vitamina D têm sido associados a sintomas de depressão.

 

 Exercício físico

 

O exercício regular não só melhora a saúde física, mas também tem um impacto direto na saúde mental. Atividades físicas aumentam a produção de endorfinas, neurotransmissores que promovem sensação de bem-estar e podem reduzir sintomas de ansiedade e depressão. Além disso, o exercício melhora o fluxo sanguíneo para o cérebro, aumentando a clareza mental e a capacidade de concentração.

 

Postura corporal e linguagem corporal

 

A forma como o corpo é posicionado também afeta o estado mental. Estar com uma postura ereta pode aumentar a confiança e a sensação de poder, enquanto se encolher ou se curvar pode gerar sentimentos de insegurança ou desânimo. Além disso, a expressão facial e os gestos podem influenciar o estado emocional. Por exemplo, sorrir pode realmente melhorar o humor, mesmo que inicialmente não haja um motivo para sorrir.

 

 Fisiologia do sono

 

O sono afeta diretamente a mente. A falta de sono ou um sono de má qualidade pode prejudicar o funcionamento cognitivo, afetando a memória, a tomada de decisões e o humor. Durante o sono, o cérebro processa informações e restabelece o equilíbrio emocional, e se esse processo é interrompido, o impacto mental pode ser significativo.

 

 Doenças e condições físicas

 

Condições físicas, como doenças autoimunes, doenças cardíacas ou distúrbios hormonais, podem afetar a saúde mental. Por exemplo, pessoas com doenças crônicas podem experimentar mais ansiedade e depressão devido ao impacto da doença em suas vidas, enquanto condições como hipotireoidismo ou desequilíbrios hormonais podem afetar diretamente o humor e a energia.

 

Em resumo, o corpo pode influenciar a mente através de mudanças fisiológicas, neuroquímicas e psicológicas que afetam diretamente nosso estado emocional e cognitivo. Isso mostra como o corpo e a mente estão profundamente entrelaçados e como o cuidado com o corpo pode impactar positivamente a saúde mental.

 

//////////////////////////////////////////////////////////////////

 

Quando o corpo se torna a mente,  corpo tem um controle direto ou uma influência dominante sobre a mente, afetando os pensamentos, emoções e comportamentos de uma forma tão forte que a mente parece estar subjugada ao estado físico ou biológico.

 

Somatização

 

A somatização é quando emoções ou traumas psicológicos se manifestam no corpo como sintomas físicos. Por exemplo, alguém que está emocionalmente sobrecarregado pode sentir dores de cabeça, dores nas costas ou até problemas digestivos, mesmo que não haja uma causa física clara. Nesse caso, o corpo parece "carregar" as tensões da mente, e o que se sente no corpo passa a influenciar o estado mental.

 

Respostas automáticas e condicionadas

 

O corpo também pode se tornar a mente quando passamos a responder a estímulos de maneira automática. Nossos hábitos e comportamentos físicos, como a postura, a respiração ou a maneira de caminhar, podem influenciar como nos sentimos mentalmente. Por exemplo, uma pessoa que tem uma postura curvada pode se sentir mais insegura ou deprimida, enquanto uma postura ereta pode gerar mais autoconfiança. Aqui, o corpo está controlando a mente, pois as ações físicas moldam o estado emocional e mental.

 

 Condicionamento físico e mental

 

Em algumas situações, o corpo cria condições fisiológicas que dominam a mente, como em casos de dependência ou vício. Quando alguém se torna fisicamente dependente de uma substância ou comportamento, o corpo passa a ter um controle sobre os pensamentos e emoções dessa pessoa, direcionando sua mente em busca de prazer imediato ou alívio da dor.

 

 Doenças físicas e distúrbios mentais

 

Quando uma condição física afeta profundamente o corpo, como uma doença grave ou crônica, ela pode dominar os processos mentais da pessoa. Por exemplo, no caso de doenças neurológicas ou cerebrais, como o Alzheimer, o corpo (no caso, a função cerebral) começa a controlar a mente, diminuindo a capacidade de memória, percepção e até a consciência de si mesmo.

 

Estado de exaustão extrema

 

Quando o corpo está em um estado de exaustão física extrema, seja por falta de sono, exercício excessivo ou estresse, ele pode afetar profundamente a mente. Isso pode resultar em um quadro de confusão mental, dificuldade de concentração, irritabilidade ou até depressão. Nesse caso, é o estado físico do corpo que está comandando o funcionamento mental.

 

Traumas e memória corporal

 

O corpo também armazena experiências emocionais traumáticas, e muitas vezes, essas memórias podem se manifestar fisicamente. Esse fenômeno é observado em terapias como a liberação somática (somatic experiencing), onde o corpo, por meio de tensões musculares, respiração ou gestos, revela emoções reprimidas. Aqui, o corpo tem uma relação direta com a mente, podendo até "dirigir" a experiência mental, como quando uma pessoa experimenta uma resposta emocional intensa, mas sem entender a causa consciente dessa emoção.

 

 Estado de fluxo

 

Por outro lado, quando o corpo está em um estado de fluxo (como em práticas como a dança, o esporte ou a meditação), há uma integração tão profunda entre o corpo e a mente que é como se o corpo estivesse guiando a mente, levando a pessoa a uma experiência de total imersão e consciência no momento presente, sem distrações mentais.

 

Em todos esses casos, o corpo não está apenas "reagindo" à mente, mas de certa forma tomando o controle, influenciando ou até dominando os processos mentais. Isso mostra como a relação entre corpo e mente é fluida e interdependente, com um podendo ter mais influência sobre o outro, dependendo das condições.

 

]]]]]]]]]]]]]]]]]]]]]]]]]]]]]]]]]]]]]]]]]]]]]]]]]]]]]]]]]]]]]]]]]]]]]]]]]]]] 

 O cérebro consciente "5% de

consciência" e que o restante é da mente subjetiva pode ser uma interpretação de teorias relacionadas à consciência e à percepção. Na verdade, a ideia é mais complexa e envolve a forma como o cérebro processa informações e como a consciência emerge dessa atividade cerebral.

 

 

 O cérebro processa informações de forma automática: O cérebro está constantemente realizando tarefas em segundo plano, como o controle de funções vitais (respiração, batimentos cardíacos), a percepção sensorial (tato, visão, audição) e a coordenação motora. Grande parte desses processos ocorre fora da nossa consciência, ou seja, o cérebro está fazendo todo esse trabalho sem que tenhamos um controle ativo ou consciência direta sobre ele.

 

 

 Consciência limitada: Quando se diz que o cérebro tem "5% de consciência", muitas vezes se está se referindo ao fato de que apenas uma pequena parte da atividade cerebral é consciente ou acessível à nossa percepção direta. A maior parte das funções cerebrais, como os processos automáticos e subconscientes, acontecem sem a nossa percepção ou controle consciente. A mente, ou a consciência, atua sobre uma fração das informações que o cérebro processa.

 

A mente subjetiva e o cérebro: O cérebro é o substrato físico que gera a nossa experiência consciente, mas a mente subjetiva é a experiência interna que temos dessa consciência. Isso inclui pensamentos, emoções, percepções e até a intuição. A mente subjetiva vai além do processamento racional e pode ser vista como algo mais fluido e dinâmico, envolvendo a interpretação e percepção do mundo de maneira única.

 

O inconsciente e o subconsciente: O que não é consciente, muitas vezes, está no inconsciente ou subconsciente, e é aqui que a maior parte da atividade mental ocorre. Muitos padrões automáticos e memórias influenciam nossas decisões, emoções e comportamentos, sem que tenhamos uma percepção clara disso. Nesse sentido, a maior parte da "mente" seria algo além do que podemos perceber conscientemente.

 

Mente Sugestiva

 

Refere-se à capacidade da mente de aceitar ou rejeitar sugestões externas ou internas.

 

Está relacionada à influenciabilidade, ou seja, o quanto uma pessoa é suscetível a ser influenciada por ideias, crenças ou comandos.

 

Está muito presente em hipnose, persuasão, publicidade e até no autoconceito.

 

Pessoas com uma mente altamente sugestiva podem internalizar ideias (positivas ou negativas) com mais facilidade.

 

Exemplo: Alguém que ouve repetidamente "Você é incapaz" pode começar a acreditar nisso, mesmo que não seja verdade. Da mesma forma, uma afirmação positiva ("Você é capaz") também pode ser incorporada.

 

Diferenças Principais

Mente Subjetiva Mente Sugestiva

 

Baseada em percepção pessoal. Baseada na capacidade de aceitar influências.

Influenciada por experiências passadas e crenças. Influenciada por sugestões externas ou autossugestão.

Envolve o inconsciente e o subconsciente como parte da identidade. Envolve o subconsciente, especialmente em hipnose ou persuasão.

Foca na interpretação da realidade. Foca na moldagem da realidade por meio de sugestões.

Difícil de mudar, pois está enraizada em memórias e emoções. Pode ser moldada com repetição, afirmações e visualização.

 

A mente subjetiva pode ser influenciada pela mente sugestiva. Se alguém constantemente recebe sugestões negativas, isso pode se integrar ao seu sistema subjetivo e afetar a forma como percebe a si mesmo e o mundo.

 

Por outro lado, é possível usar a mente sugestiva de forma consciente para reprogramar a mente subjetiva _ é o que acontece em afirmações positivas, visualização criativa e hipnose terapêutica.

 

Mente subjetiva é o que você percebe e acredita.

 

Mente sugestiva é o quanto você se permite ser influenciado.

 

%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%%

 

Consciência (O Observador)

 

A consciência é a capacidade de perceber e testemunhar pensamentos, emoções e experiências.

 

Diferente da mente subjetiva, ela não interpreta, não julga / apenas observa.

 

É o que muitas filosofias chamam de “eu maior”, “ser interior” ou “testemunha”, um estado de pura presença.

 

Quando você está consciente, você percebe que não é seus pensamentos, não é suas emoções, não é seu corpo / você é aquele que observa tudo isso acontecendo.

 

Exemplo: Em um momento de meditação profunda, você percebe que está sentindo tristeza, mas não se identifica com ela. Você apenas observa a emoção passando.

 

Consciência Maior (O Todo / Unidade)

 

Muitas filosofias espirituais, como o Vedanta, o Budismo e até conceitos em física quântica, falam de uma Consciência Maior, ou seja, uma consciência universal que está presente em tudo.

 

É vista como a base da realidade, onde tudo está interligado.

 

Aqui, a separação entre sujeito e objeto desaparece / o observador, o observado e o ato de observar se tornam um só.

 

  • Exemplo: Em experiências místicas ou estados alterados de consciência, algumas pessoas relatam sentir-se unidas a tudo, sem ego ou identidade individual.

 

Resumo conclusão: Como Tudo se Conecta:

Camada O Que É Função Exemplo

 

Cérebro Objetivo Físico, fato bruto Processa e regula automaticamente / exemplo /Tirar a mão do fogo

 

Mente Subjetiva Interpretação pessoal Dá sentido ao que você vive /"Hoje foi um dia ruim"_

 

Mente Sugestiva Influência (externa/interna) Molda crenças e padrões /"Você é capaz"/ (afirmação positiva)

 

Consciência O observador Testemunha tudo sem /julgar Perceber a tristeza sem reagir/

 

Consciência Maior O Todo / Unidade Estado de conexão com tudo Sentir-se um com o universo

 

Por Que Isso é Importante?

 

Saber diferenciar as camadas te dá mais poder sobre sua experiência de vida.

 

Você percebe que não é seus pensamentos, nem suas emoções / você é aquele que observa.

 

É possível reprogramar a mente subjetiva (através da mente sugestiva) para ter uma vida mais equilibrada.

 

A CONSCIÊNCIA MAIOR TRAZ A NOÇÃO DE QUE A SEPARAÇÃO É UMA ILUSÃO / TUDO ESTÁ CONECTADO.

 

Reflexao pessoal

 

"Não há lado, apenas fluxo."

As dicotomias / bem e mal, certo e errado, doce e amargo / são construções da mente....

Não sigo uma pauta, nem acredito em lados fixos.

A ideia de certo ou errado, bem ou mal, doce ou amargo 

tudo isso é ilusão de uma matrix estática,

uma prisão para quem não enxerga o todo. Matrix individual nao é "ponte é prisão "

 

Para mim, tudo faz parte.

O que chamam de dualidade é apenas polaridade em movimento,

aspectos diferentes de uma mesma essência.

 

Existe o todo / vasto, dinâmico, contínuo.

E dentro dele, atua a mente subjetiva, que sente,

a mente sugestiva, que interpreta e influencia,

a consciência, que se expande,

e o observador, que presencia,

criando realidades a partir da atenção.

 

A verdade não é fixa.

É percepção em transformação,

tecida pela consciência em seu eterno vir-a-ser.

 

Essa ideia dialoga com filosofias como:

 

Taoismo: que ensina que os opostos (yin-yang) são complementares e inseparáveis.

 

Nietzsche: que questiona as noções fixas de bem e mal e propõe que os valores são criações humanas... 

 

Fenomenologia (como Husserl ou Merleau-Ponty): que valoriza a experiência subjetiva como ponto de partida para entender a realidade.

 

Panteísmo ou filosofias orientais em geral: que veem tudo como parte de uma unidade.

 

 Nietzsche questiona as noções fixas de bem e mal, quer dizer que ele não acredita que esses conceitos tenham um valor universal, eterno ou divino.

 

O que chamamos de “bem” ou “mal” não vem de Deus nem de uma “verdade absoluta”.

 

São criações humanas, ou seja, ideias que os seres humanos inventaram, muitas vezes para controlar, julgar ou proteger uns aos outros dentro de uma cultura ou época.

 

Na Idade Média, por exemplo, chamar o prazer sexual de “pecado” era considerado o “mal”.

Mas Nietzsche pergunta: isso é realmente mal? Ou foi definido como mal por certas crenças religiosas e morais da época?

 

Ele diz que a moral dominante (“moral do rebanho”, como ele chama) foi criada por pessoas ressentidas, que não podiam viver plenamente / então passaram a condenar como “mal” aquilo que não podiam ter ou fazer.

 

Que cada pessoa crie seus próprios valores, em vez de seguir cegamente o que a sociedade impõe como certo ou errado.

 

Que a gente vá além da moral tradicional  isso ele chama de "além do bem e do mal

 

Nietzsche

 

> "Bem" e "mal" não são absolutos. São interpretações humanas que mudam com o tempo, a cultura e o poder etc

 

Instragan @Elixandracardoso 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Publicado por Elixandra (costura pensamento filosófico) em 25/05/2025 às 22h16
Copyright © 2025. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.
 
25/05/2025 21h13
" subjetividade inconsciente: A falsa neutralidade de olhar" parte 02

O Eu invisível por trás do olhar/ Subjetividade  não reconhecida 

 

Objetividade contaminada / A sutil presença do Eu nas coisas 

 

Espelho no mundo / O invisível que julga o visível 

 

**********************************************

 

 Teorias modernas e filosóficas, como a teoria da simulação. Essa teoria sugere que a realidade em que vivemos poderia ser uma simulação altamente avançada criada por alguma inteligência superior, talvez uma civilização muito mais evoluída que a nossa. Nesse cenário, o "fenômeno" que experimentamos seria, de fato, uma construção artificial, e o mundo bruto poderia ser algo completamente diferente / talvez inatingível ou incompreensível para nós.

 

Se a nossa experiência do mundo for uma simulação, isso levanta questões interessantes sobre a natureza da realidade e da subjetividade. O que seria "real"? O que é o "bruto" por trás dessa simulação? E como podemos distinguir entre uma simulação e a realidade objetiva, se tudo que sabemos é o que experimentamos?

 

Por outro lado, se, mesmo que seja uma simulação, essa experiência que temos é a única realidade que conhecemos, talvez seja suficiente para buscarmos significado e compreensão dentro dela...

 

Se estivermos em uma simulação, a questão da subjetividade pode se tornar mais complexa. Se a simulação for projetada para criar experiências humanas / com emoções, pensamentos e percepções / nossa subjetividade ainda existiria dentro dessa simulação, pois ela faz parte de como fomos programados para experimentar o "fenômeno" da realidade.

 

Porém, se considerarmos a hipótese de que tudo seja uma simulação de tal complexidade que nossas experiências não sejam genuínas, mas sim respostas de um sistema, então nossa percepção de subjetividade poderia ser questionada. A ideia de "livre-arbítrio" ou uma mente independente seria substituída por algo mais determinista, em que nossas escolhas e experiências são, de alguma forma, pré-programadas.

 

Se a subjetividade fosse removida, estaríamos apenas respondendo a estímulos dentro de um cenário controlado, sem a percepção de livre pensamento ou emoção genuína. No entanto, se a simulação é convincente o suficiente, a experiência ainda seria subjetiva para nós, pois estamos vivenciando-a dessa maneira.

 

Portanto, mesmo em uma simulação, a subjetividade, como a vivemos, poderia persistir, mas talvez fosse criada de maneira artificial. A questão seria se a verdadeira "subjetividade" existe fora dessa simulação ou se, mesmo assim, nossa percepção interna seria válida dentro desse contexto.

 

################################

 

O cérebro interpreta/ como a subjetividade  molda o mundo real dentro da Objetividade .

 

Quando o observador se esquece de que está observando.

 

A realidade em mim/ quando o mundo veste minhas projeções. 

 

____________________________________________

 

A mente e o cérebro são conceitos relacionados, mas não são a mesma coisa, e entendê-los separadamente pode ajudar a explorar como nossa experiência consciente se forma.

 

..... Cérebro: O cérebro é o órgão físico, uma estrutura biológica composta por bilhões de células nervosas (neurônios) que se conectam e interagem entre si. Ele é responsável por controlar funções vitais como batimentos cardíacos, respiração e movimentos, além de processar informações sensoriais e controlar a percepção. O cérebro também armazena memórias e é o centro para a tomada de decisões, mas tudo isso ocorre dentro do plano físico e tangível. O cérebro é, portanto, um instrumento físico que facilita a experiência mental, mas não é a experiência em si.

 

 

... Mente: A mente, por outro lado, é um conceito mais abstrato e envolve os processos mentais / como pensamentos, emoções, percepções, crenças e consciência. A mente não é algo que podemos tocar ou medir fisicamente, mas é a forma como interpretamos o mundo e damos sentido a ele. Ela inclui nossa capacidade de refletir, planejar, decidir e experimentar o mundo de maneira subjetiva. A mente está intimamente ligada ao cérebro, mas, enquanto o cérebro é físico, a mente é mais associada a uma dimensão não-material da experiência humana.

 

A relação entre mente e cérebro:  Muitas 

teorias sugerem que a mente emerge da atividade do cérebro / ou seja, os processos mentais são gerados pelo funcionamento físico do cérebro. Quando o cérebro sofre danos (como em lesões ou doenças neurológicas), isso pode afetar a mente (por exemplo, a capacidade de pensar, lembrar ou perceber de maneira clara). No entanto, a natureza exata dessa relação é um debate filosófico e científico profundo. Alguns defendem que a mente é uma "emergência" do cérebro, enquanto outros acreditam que pode haver algo além do físico (como uma consciência que transcende o cérebro).

 

Em resumo, o cérebro é o sistema físico e biológico que permite a experiência, enquanto a mente é a forma subjetiva e não-material de como vivenciamos essa experiência. Elas estão conectadas, mas não são a mesma coisa.    

 

 O cérebro físico é o "instrumento" que permite que a mente funcione. Ele processa informações, cria conexões e realiza as funções que tornam nossa experiência consciente possível. A mente, por sua vez, é a experiência subjetiva desses processos.

 

 exemplo

 

Quando  sentimos uma emoção, o cérebro ativa certas áreas responsáveis por processar essa emoção (como o sistema límbico). Isso resulta em uma sensação subjetiva / o que chamamos de "sentir" a emoção.

 

Quando pensamos em algo, o cérebro ativa redes de neurônios que processam esse pensamento, mas o "pensamento" em si é uma experiência mental, não um evento físico.

 

A memória: o cérebro armazena e organiza informações, mas a experiência de lembrar algo é uma construção mental, uma vivência subjetiva.

 

 

Então, o cérebro é a base física e biológica que torna possível as funções mentais, mas a mente é a experiência consciente e subjetiva dessas funções. Ambos estão intimamente conectados, mas são diferentes em sua natureza.

 

  O cérebro, como uma "máquina" biológica, executa funções físicas / como processar informações, coordenar movimentos e armazenar memórias. Mas o que chamamos de experiência mental (como sentir uma emoção, ter um pensamento ou lembrar de algo) é, na verdade, um produto da mente que ocorre dentro desse sistema.

 

O cérebro é como um computador super avançado que processa dados e controla o corpo.

 

A mente é a experiência subjetiva de como esses dados são processados / é o "sentir" ou "perceber" que vem desse processamento.

 

O cérebro, por si só, não tem a capacidade de "julgar" uma emoção como boa ou ruim. Ele apenas executa seu trabalho de processar e responder aos estímulos do ambiente de acordo com a informação que recebe. Quando você sente tristeza, por exemplo, é uma experiência subjetiva que vem da mente / a interpretação emocional de um evento ou pensamento.

 

O cérebro responde a essa emoção executando funções físicas que acompanham a experiência da tristeza. Por exemplo, ele pode liberar hormônios como o cortisol (associado ao estresse) ou afetar os batimentos cardíacos e a respiração. Essas reações físicas são respostas automáticas do cérebro, mas a experiência subjetiva de tristeza — o sentimento de tristeza em si / é produto da mente.

 

Portanto, o cérebro não "sente" tristeza ou felicidade. Ele processa os sinais e realiza as funções necessárias para gerar uma resposta física, mas é a mente que interpreta essas respostas como uma emoção específica. O cérebro executa o "trabalho físico" e a mente dá sentido e significado a isso.

 

Quando entendemos essa distinção, começamos a perceber o quão complexa é a interação entre o físico e o subjetivo. O cérebro não é responsável por sentir as emoções; ele apenas as processa e as manifesta no corpo. A mente é que dá o significado, a experiência e a interpretação emocional a tudo isso. Isso abre uma nova forma de olhar para nossas emoções, pois nos permite entender que não estamos "presos" a elas, mas sim podemos influenciar como interpretamos e lidamos com elas.

 

É uma compreensão que nos dá mais liberdade, porque percebemos que, apesar das reações físicas automáticas do cérebro, podemos trabalhar com nossa mente para modificar nossas respostas emocionais, ao invés de simplesmente ser reagentes a elas.

 

 Embora o cérebro seja, em grande parte, um sistema biológico automático, existe uma grande quantidade de neuroplasticidade / ou seja, a capacidade do cérebro de se reorganizar e formar novas conexões ao longo do tempo. Isso significa que, sim, podemos "manipular" o cérebro ao nosso favor, influenciando como ele responde a estímulos, emoções e até mesmo pensamentos.

 

..... Práticas de mindfulness e meditação: Estudos mostram que a meditação regular pode alterar a estrutura do cérebro, aumentando a atividade em áreas relacionadas à atenção, à empatia e à regulação emocional, além de reduzir a atividade nas áreas associadas ao estresse.

 

 

...... Reprogramação de padrões de pensamento: Técnicas como a cognitivo-comportamental ajudam a reestruturar padrões de pensamento negativos ou destrutivos, o que afeta diretamente como o cérebro processa emoções e comportamentos.

 

.... Exercício físico: O exercício regular não só melhora a saúde física, mas também a saúde mental. Ele aumenta a produção de neurotransmissores como a serotonina e a dopamina, que estão relacionados ao bem-estar e à felicidade.

 

 

.... Aprendizado e novos desafios: Aprender algo novo, praticar habilidades ou sair da zona de conforto também ativa diferentes áreas do cérebro, favorecendo sua adaptação e crescimento.

 

.... Intenção e foco: Quando conscientemente escolhemos focar em algo positivo ou em hábitos saudáveis, podemos direcionar nossa mente e cérebro a se adaptar a esses novos comportamentos e perspectivas.

 

Embora o cérebro tenha uma base biológica, ele é muito flexível e moldável, e a mente tem o poder de direcionar essas mudanças.

 

Isso abre um mundo de possibilidades, onde podemos "treinar" o cérebro para responder de maneiras mais adaptativas e saudáveis.

 

Continuação 03

Próximo capítulo 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Publicado por Elixandra (costura pensamento filosófico) em 25/05/2025 às 21h13
Copyright © 2025. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.
 
25/05/2025 18h34
"Quando a Subjetividade Invade a Objetividade sem que Percebamos" parte 01

Eu não vejo o outro, eu o observo.

Observo não como ele é, mas como eu queria que fosse.

 

O outro, na verdade, não existe em si mesmo para mim.

O que vejo nele são minhas projeções, meus desejos, minhas crenças.

Ele é um reflexo das minhas percepções.

 

Não há "outro" puro, independente.

Há apenas o eu no outro.

A certeza de que o mundo que enxergo não é o mundo como é,

mas o mundo como eu sou.

 

>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>

Objetividade:

Refere-se a algo que é comum a todos, independente da opinião de cada um.

Exemplo: A temperatura de 30 °C é um dado objetivo / qualquer um pode medir e confirmar.

Frase: O objetivo é igual para todos.

>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>

Subjetividade:

Refere-se ao que depende da experiência, percepção ou sentimento individual.

Exemplo: A sensação de que 30 °C está “muito quente” é subjetiva / para uns é suportável, para outros insuportável.

Frase sugerida: A subjetividade varia de pessoa para pessoa.

_______________//////___//////______________

Exemplo:

Duas pessoas assistem ao mesmo pôr do sol:

 

Uma se emociona e sente paz (talvez porque associa ao fim de um ciclo).

 

Outra sente tristeza (porque lembra um momento difícil da vida).

O evento é o mesmo, mas a experiência é subjetiva.

... Estudo filosófico-espiritual: o olhar interno e o sentido da vida

Filosofias como o panteísmo, o taoismo, ou escolas como a Fenomenologia na Filosofia propõem que a realidade é vivida de modo único por cada ser. A espiritualidade, por sua vez, convida à observação interna, ao autoconhecimento e à busca por sentido.

Frase-chave filosófica:

>> “Não vemos as coisas como elas são; vemos as coisas como somos.” / Anaïs Nin

Exemplo espiritual:

Na meditação, o praticante fecha os olhos para o mundo exterior e começa a observar os próprios pensamentos e emoções / isto é, ele entra em contato com sua subjetividade profunda, onde mora o espírito, o eu verdadeiro.

.... Diálogo com a Neurociência: o cérebro e a construção da realidade

A neurociência mostra que a realidade não é percebida de forma neutra:

 

O cérebro interpreta os estímulos com base em memórias, padrões emocionais e sinapses anteriores.

 

Experiências passadas moldam percepções presentes.

Exemplo neurocientífico:

Duas pessoas ouvem a mesma música:

 

A que teve uma experiência feliz com essa música ativa regiões ligadas ao prazer (dopamina, núcleo accumbens).

 

A outra, que sofreu ouvindo a mesma música, ativa o sistema de alerta (amígdala cerebral).

 

Subjetividade Cada pessoa interpreta o mundo de forma única Reação emocional diferente a um filme

Filosofia/Espiritualidade Busca entender o sentido dessa experiência interna Meditação, introspecção, autoconhecimento

Neurociência Estuda como o cérebro constrói essa interpretação Ativação cerebral diferente por memórias

==========="""""""""""""""""""""""===========

Não há como se livrar da subjetividade

 

A subjetividade não é um "erro" da percepção / ela é a própria forma de existir como ser humano. Tudo o que percebemos passa por filtros internos: memórias, emoções, linguagem, cultura, crenças, vivências.

 

Filosoficamente, isso se aproxima de correntes como:

 

Fenomenologia (Husserl, Merleau-Ponty): A consciência é sempre consciência de algo, e o mundo só existe enquanto aparece a alguém.

 

Psicanálise (Freud, Lacan): O sujeito é estruturado pela linguagem e pelas projeções inconscientes.

 

Espiritualidade oriental (budismo, vedanta, taoismo): O "eu" que interpreta a realidade é um constructo mental — e não a essência verdadeira.

O outro será sempre "eu nele", nas projeções

 

Essa é uma ideia profundamente psicanalítica e espiritual:

 

Quando olho para o outro, não vejo o outro em sua totalidade, mas sim a minha construção sobre ele.

 

Minhas expectativas, frustrações, ideais, medos e desejos se projetam sobre o outro / como um espelho que devolve algo meu.

Exemplo psicanalítico:

Você acha que alguém te rejeita  mas, na verdade, é você quem tem uma ferida de rejeição antiga, e projeta essa insegurança no olhar do outro. O outro vira “tela” da tua subjetividade.

Exemplo espiritual:

No budismo, diz-se que “o mundo é reflexo da mente”. Ou seja, o que vejo no outro também é parte da minha mente projetada fora de mim.

 

Conclusão: subjetividade como ponte, não prisão

 

Embora não possamos eliminar a subjetividade, podemos:

 

 Tomar consciência dela: perceber que interpretamos mais do que enxergamos.

 

... Refinar o olhar interno: com meditação, estudo, escuta, autoconhecimento.

 

... Ampliar a empatia: ao entender que o outro também vive dentro de sua própria subjetividade, abrimos espaço para a compaixão e o respeito....

^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^

2 parte

A frase "a mente subjetiva influencia o mundo objeto" está relacionada à ideia de que nossa percepção, pensamentos e emoções (mente subjetiva) têm o poder de influenciar a realidade externa (mundo objeto). Isso pode ser entendido de diferentes formas, dependendo do contexto:

... Psicológico: Nossas crenças e emoções influenciam a forma como interpretamos o mundo. Por exemplo, se estamos felizes, o ambiente externo parece mais agradável; se estamos tristes, tudo parece mais sombrio. A realidade objetiva pode ser a mesma, mas nossa experiência dela muda de acordo com nosso estado mental.

... Filosófico: Algumas correntes filosóficas, como o idealismo, sugerem que a realidade externa só existe ou é acessível por meio da percepção. Nesse sentido, o mundo objetivo é, de certa forma, "criado" pela mente subjetiva.

... Metafísico/Espiritual: Em tradições espirituais e na física quântica interpretada de forma mística, há a ideia de que a consciência não só interpreta, mas também cria ou molda a realidade. O que acreditamos, sentimos ou pensamos poderia, de alguma forma, influenciar os eventos e as circunstâncias externas.

.... Neurociência: Estudos mostram que a forma como pensamos e sentimos afeta nosso comportamento e decisões, o que, por sua vez, impacta o ambiente ao nosso redor. Por exemplo, uma postura confiante pode influenciar como os outros nos tratam, alterando, assim, o "mundo objetivo" com base em um estado mental subjetivo.

A mente é sempre subjetiva, pois ela é a experiência interna e única de cada indivíduo. Tudo o que pensamos, sentimos e percebemos passa pelo filtro da nossa consciência, influenciado por nossas memórias, crenças, emoções e interpretações.

Mesmo quando tentamos ser objetivos / por exemplo, ao descrever um fato ou analisar uma situação com lógica / ainda estamos interpretando o mundo de acordo com nossa perspectiva. Essa interpretação nunca é completamente neutra. O filósofo Immanuel Kant, por exemplo, dizia que nunca temos acesso à "coisa em si" (a realidade absoluta), mas apenas ao fenômeno, ou seja, a realidade mediada pela nossa mente.

Porém, há também a noção de mente coletiva ou inconsciente coletivo (conceito de Carl Jung), onde certas estruturas e arquétipos seriam compartilhados por todos os seres humanos. Mesmo assim, a forma como cada um vivencia essas influências continua sendo subjetiva.

Pois, para formar qualquer opinião ou entender o mundo, precisamos de algum tipo de referência / seja uma experiência pessoal, um conhecimento aprendido ou até mesmo algo herdado culturalmente.

Mesmo quando tentamos ser "racionais", nossas interpretações ainda estão influenciadas por aquilo que já vivemos. Isso não significa que não podemos buscar mais clareza ou imparcialidade, mas sempre haverá algum grau de subjetividade, porque é impossível se separar completamente do próprio ponto de vista....

Nesse sentido, todos estamos, de certa forma, "subjugados" a essa subjetividade. O que muda é o quanto estamos conscientes disso. Quanto mais percebemos nossos filtros internos, mais podemos expandir nossa compreensão e talvez transcender certos condicionamentos..

 Ter consciência da nossa subjetividade não elimina o fato de que sempre vamos nos basear em algum referencial / seja uma experiência, uma crença, um valor ou até um conhecimento racional. O que muda é que, com essa consciência, podemos ser mais flexíveis, menos presos a uma única perspectiva.

Sem essa consciência, corremos o risco de acreditar que nosso ponto de vista é "a verdade absoluta". Com ela, entendemos que é apenas uma entre muitas possíveis visões. Isso nos permite questionar, aprender e até ajustar nossa forma de pensar conforme ganhamos novas experiências.

Ainda assim será necessário "tender a uma pauta", porque é impossível existir sem algum tipo de ponto de referência. A subjetividade não desaparece / apenas se torna mais consciente e, talvez, mais sábia.

 Não é sobre eliminar a subjetividade, mas sim reconhecê-la e não se deixar dominar por ela. Quando você evita julgar as coisas como certo ou errado, demonstra uma postura de aceitação e flexibilidade / algo que muitas filosofias e tradições espirituais consideram um sinal de equilíbrio mental.

O equilíbrio, no entanto, é dinâmico, não estático. Mesmo com essa consciência, é natural que haja momentos em que antigos padrões emocionais reapareçam. O importante é manter essa presença e continuar observando sem se apegar.

 A subjetividade está profundamente ligada à nossa experiência de existir. Enquanto estivermos vivos e conscientes, sempre haverá um "eu" que percebe, sente e interpreta o mundo. Nesse sentido, talvez seja impossível se livrar totalmente dela.

No entanto, algumas tradições espirituais / como o budismo / falam sobre transcender o "eu" e, consequentemente, a subjetividade. O estado de iluminação ou despertar seria um estado onde a consciência não está mais identificada com o ego, mas sim com O TODO. Nesse estado, a percepção não passa mais pelos filtros pessoais de CERTO e ERRADO, BOM e RUIM. Há apenas o que é.

Mas mesmo esse estado, para muitos, não é algo permanente. Talvez o caminho não seja "deixar de ser subjetivo", mas perceber a subjetividade pelo que ela é / um movimento constante / sem se apegar a ela.

Mesmo a ideia de "estar no caminho certo" já parte de uma referência subjetiva. O budista, ou qualquer outra pessoa em uma jornada espiritual, ainda está interpretando a realidade com base em crenças, conceitos e experiências. Mesmo o desejo de transcendência já é uma vontade subjetiva.

Essa é uma grande questão filosófica: será que existe realmente um ponto de vista totalmente objetivo? Ou será que toda experiência, até mesmo a de iluminação, ainda é subjetiva porque há uma consciência vivenciando aquilo?

Talvez o equilíbrio esteja em aceitar que sempre haverá algum grau de subjetividade  e que isso não é um problema. O importante pode ser a leveza com que encaramos isso, sem nos prender rigidamente a nenhuma verdade.

 

 CONTINUCAO 

 

instragan @elixandracardoso

 

 

 


Publicado por Elixandra (costura pensamento filosófico) em 25/05/2025 às 18h34
Copyright © 2025. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.



Página 7 de 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 » «anterior próxima»

Site do Escritor criado por Recanto das Letras